A S.’. I.’. nos mostra uma grande verdade, a existência de um ser superior, do Grande Arquiteto do Universo (G.’.A.’.D.’.U.’.) criador de tudo que existiu, existe e existirá.
Sabemos disso pois somos dotados de inteligência, e com ela sabemos distinguir o bem do mal e a Maçon.’. está aí para nos ajudar a fazer progressos e a aperfeiçoar a forma de distinguir o bem que devemos sempre fazer do mal que devemos evitar em nós e nos que nos cercam.
Chamamos a isso de Moral, e na Maçon.’. encontramos o ensinamento necessário para seguir nosso caminho para o bem. Na Maçon.’. encontramos a mais pura e propícia formação de nosso caráter, tanto do ponto de vista social como individual.
Podemos fazer uma analogia deste progresso de aperfeiçoamento com nossa vida, dividida em infância, quando este discernimento é rudimentar, passando pela adolescência onde nos deparamos com muitos questionamentos e no final, na nossa fase adulta, onde podemos aperfeiçoar e elevar ao mais alto grau a nossa concepção de moral.
Sabemos desde nossa entrada na Maçon.’. que o caminho será árduo e longo, mas não devemos esmorecer jamais, com certeza passaremos por bons e maus momentos, nestes casos, devemos retirar o máximo proveito dos bons momentos e fazer de trampolim os maus momentos.
A moral se baseia no amor ao próximo e a Deus e esta deve ser a base de todo o ensinamento moral.
Quando de nossa iniciação, provamos que somos livres e de bons costumes, mas só isso não basta, precisamos ter em nossas mentes que isso deve ser seguido em todo o resto de nossas vidas.
Nos é explicado que todo homem é livre, ninguém deve viver em escravidão, não devemos viver na escravidão que nossa vida profana muitas vezes nos priva de sermos livres por estar presos a conceitos. Não é ser escravo de sua liberdade, mas ser escravo de suas paixões. Por isso dizemos que temos de vencer nossas paixões e submeter nossas vontades, fazendo progresso na Maçon.’..
Quando fomos recebidos MM.’., estávamos nem vestidos e nem nus, despojados de todos os metais e com os ol.’. vend.’. para que ficássemos privados de nossa visão. A privação dos met.’. nos faz lembrar o homem em seu estado natural sem nenhuma vaidade, sem nenhum vício e sem orgulho e a cegueira momentânea nos leva ao homem primitivo, em sua ignorância sobre todas as coisas. Tudo isso nos leva a ver que tudo isso é imprescindível para alcançar a plenitude Moral.
Quando fizemos nossas vi.’. entre do Oc.’. para o Or.’. e do Or.’. ao Oc.’., na primeira é um caminho cheio de obstáculos, dificuldades e nebuloso, o segundo caminho é mais ameno, mas ouvindo o tilintar de armas e no final um caminho plano, rodeado de silêncio.
O primeiro caminho representa o caos que se acredita ter sido a criação do mundo, os primeiros anos do homem, o início dos tempos, onde as paixões dominam sobrepujando a razão e as leis. O ruído das armas na segunda viagem representa a ambição dos homens, antes de encontrar o equilíbrio, as lutas travadas pelos homens para se colocar em igualdade com seus semelhantes. A terceira viagem, plana, sem obstáculos e rodeada de silêncio, nos mostra paz e tranqüilidade resultante da ordem e da moderação das paixões quando atinge sua maturidade moral.
Representativamente cada uma destas viag.’. findou em uma port.’. em que bat.’.. A pr.’. ao s.’., onde foi nos mandado passar, na seg.’., no Oc.’., fomos purificados pela ág.’. e na ter.’., no Or.’., recebemos a purificação pelo fogo. Significando que para estar em condição de receber a L.’. da Verd.’., o homem deve se livrar de todos os preconceitos sociais e de educação e entregar-se de corpo e alma na procura da Sab.’..
Estas tr.’. port.’. representam as disposições para buscar a Verdade, a Sinceridade, a Coragem e a Perseverança.
Foi nos dada depois a L.’., V.’. que nos feriu os ol.’. para nos fazer perceber que os raios da L.’. da Verd.’. pode ofuscar a visão daquele que não está preparado para receber a Luz da Verd.’..
Fomos ligados a Ord.’. Maçôn.’. por um jur.’., onde dissemos, com nossas palavras que guardaremos seg.’. que nos foram confiados, juramos amar, proteger e socorrer nossos irmãos sempre que isso for necessário.
Nenhum arrependimento tenho até o momento e quero que assim continue até o final de meu tempo com minha entrada da Maçon.’..
Estou dando meus primeiros passos e quero fazer disso uma grande caminhada.
Na s.’. inst.’. é questionado se há algum arrependimento e digo do fundo do coração que não, fiz um jur.’. e, como nos ensina a inst.’., o faria novamente sem pestanejar se assim se fizesse necessário.
Estou me tornando um M.’., muitos caminhos ainda terei que trilhar para alcançar meus objetivos ou os objetivos de todo o bom M.’., e quero que todos os ir.’. c.’. t.’. m.’. r.’..
Deverei ser reconhecido como M.’. pelos atos que praticar, buscando o ensinamento da Moral em nossos TT.’., sei também me fazer reconhecer pelo S.’., pela P.’. e pelo T.’..
A palavra, como apr.’., não a pronuncio, mas a sol.’. pois no meu início, como colocado na fase da ignorância, devo receber para depois passar adiante.
A representatividade do av.’., que sempre tenho de estar usando em Loj.’., me faz lembrar que o homem nasceu para o trabalho e devo trabalhar incessantemente para buscar a Verdade e para buscar o aperfeiçoamento da humanidade.
Trabalhamos em um T.’. na forma de um paralelogramo estendendo-se o mesmo o Or.’. para o Oc.’. de largura de N.’. a S.’. e altura da Ter.’. ao C.’. com profundidade até o centro da Ter.’.. T.’. este coberto pela abóbada azul onde encontramos estrelas e nuvens, tendo também representado o Sol e a Lua bem como inúmeros astros que conservam o equilíbrio da atração de uns aos outros.
Nossa Loj.’. também é sustentada pelas três fortes colunas representando a Sab.’. (V.’. M.’.) a Forç.’. (Ir.’. Pr.’. V.’.) e a Bel.’. (Ir.’. Seg.’. Vig.’.), também conhecidas como as Três Luzes, uma no Oriente e as outras a Sul e a Norte.
O Or.’. indica o ponto de onde provém a Luz e o Oc.’. para onde ela se dirige. O Oc.’. representa o mundo visível, de um modo geral, tudo o que é material, e o Or.’. simboliza o mundo invisível, tudo o que é abstrato, o mundo espiritual.
Outras figuras alegóricas fazem-se presentes em nosso Temp.’., são elas:
O pórtico, ladeado por duas colunas (que representam os dois paralelos solsticiais) em cujos capitéis encontramos três romãs (que, pela sua divisão interna, representam as Loj.’. e os Maç.’. espalhados pelo mundo e suas sementes, intimamente ligadas, nos lembram a União e a Fraternidade que deve existir entre os homens) abertos que nos mostram suas sementes.
A p.’. b.’.. Representa o homem sem instrução, nu de conhecimento quando as paixões ainda o dominam.
A p.’. P.’. ou C.’.. Depois de receber instruções, já dominando suas paixões, o homem se liberta de suas asperezas, polindo a pedra.
O Esq.’., o Compas.’., o Nív.’. e o Prum.’.. Por serem instrumentos de precisão, indispensáveis na construção de qualquer edifício que se queira ser perfeito, nos fazem ver que na Construção Social do Maçom, também devemos fazer uso dos mesmos para nossas novas conquistas. O Esq.’. como a Retidão, o Compas.’. para a Justiça de nossos atos, e o Nív.’. e o Prum.’. para a igualdade que devemos ter junto a nossos irmãos e a todos os homens.
O Maç.’. ou Malh.’. e o Cinz.’.. Representam a Inteligência e a Razão, ferramentas usadas pelo A.’. M.’. para o discernimento do Bem e do Mal.
O Pain.’. da Loj.’.. Onde encontramos todos os simbolismo de nossa Loj.’..
Ao Or.’. o S.’. e a L.’.. O S.’. e a L.’. representam, respectivamente a Luz Ativa e a Luz Refletida, ou a Sabedoria e seus efeitos.
Ao Oc.’. o Pav.’. Mos.’.. Representa a variedade de raças, cores, climas, religiões, opiniões políticas, mas ligados entre si, representa a União de todos os MM.’. sem levar em conta estas diferenças.
A Pranch.’. da Loj.’. ou P.’. de T.’.. Representa a memória, necessária para podermos fazer nossos julgamentos, conservando sempre o traçado que nossos MM.’. nos traçam para nos guiar, também são indicados os esquemas que constituem a chave para o Alf.’. Maç.’..
Toda a virtude deve ser exaltada, deve ser perseguida e abraçada com todas as nossas forças, devemos lutar para alcançar todas as virtudes. Em contrapartida, os vícios devem ser abandonados, execrados, afastados de nossos corpos e nossas mentes, por isso dizemos que em nossa Loj.’. levantamos TT.’. à Virt.’. e cav.’. Masmo.’. aos víc.’..
Em nossa Loj.’. estaremos sempre lutando para vencer nossas paixões, submeter nossa vontade e fazer novos progressos na Maç.’..
O caminho é árduo, cheio de obstáculos e armadilhas, mas devemos trilhá-lo com o coração aberto, despojados de qualquer rancor que faça com que não alcançamos nossos objetivos. Devemos deixar de lado nossas paixões e vontades e nossas vaidades, o vaidoso busca posição para se destacar, o verdadeiro M.’. busca o trabalho para destacar a Maç.’.. Todo o valor de que nós MM.’. buscamos, será medido pela busca incansável do Bem.
*Rui Barbosa - M.’.I.’.
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