Templo:Rua José Bonifácio 490 - Presidente Venceslau (SP) - Sessões: às 1ª e 3ª terças-feiras, às 20:00 horas Email: arlslojamaconica05deagosto@gmail.com
domingo, 23 de agosto de 2015
Cabala e Maçonaria
O que é a Cabala
A Cabala é um sistema iniciático que procura desenvolver os temas do Velho Testamento de uma forma esotérica, mística e transcendental. Seus praticantes pensam que através dessa disciplina é possível o estabelecimento de uma comunicação direta entre Deus e os homens, no mesmo nível estabelecido por Moisés no Monte Sinai.
A Cabala se fundamenta na idéia de que o alfabeto hebraico constitui uma forma de escrita proveniente diretamente de Deus. Seus sons e números, devidamente combinados, formam signos que contém as grandes verdades físicas e espirituais que formatam o universo em todas suas dimensões. Conhecer cada combinação e seus significados é o grande ensinamento dessa tradição, ensinamento esse que só pode ser repassado de forma oral aos seus iniciados.
Desenvolvida a priori pelos rabinos judeus, foi absorvida pelos esoteristas cristãos e por eles praticada a partir dos primeiros séculos do Cristianismo, tornando-se uma doutrina de profundo conteúdo metafísico e amplo sentido moral.
Dois tipos de doutrina
Ao longo do tempo, os praticantes desse sistema desenvolveram dois tipos de Cabala. Um deles, relacionado com as coisas divinas, é chamado de Cabala Sagrada. Essa é a Cabala dita religiosa. Refere-se à pesquisa do Inefável Nome de Deus, palavra sagrada, mística, impronunciável, somente conhecida de alguns poucos iniciados, que formavam um grupo seleto de mestres, denominado Mischnah. Seu conhecimento conferia ao iniciado um poder de Demiurgo, capaz de repetir o próprio ato divino de criação. Seus aspectos estão diretamente ligados á tradição judaica.
O ouro tipo de Cabala, embora profundamente impregnada de ensinamentos esotéricos, tinha, não obstante, um objetivo mais prático. Sua função era revelar aos seus iniciados os grandes segredos da natureza, mediante os quais se poderia conseguir poder sobre ela. Nesse sentido ela se equiparava á Alquimia, e em muitos casos, as duas tradições conviveram estreitamente, compartilhando os mesmos signos. Essa é a chamada Cabala Filosófica, desenvolvida principalmente por pensadores ocultistas cristãos, como forma de conhecimento da natureza. Foram esses filósofos cabalistas os mestres que precederam os rosacrucianos no desenvolvimento da filosofia oculta e no apostolado do livre pensamento, numa época em que discordar, ou pensar diferente dos doutores da igreja, significava a prisão e a morte nas masmorras.
Cabala Operativa e Cabala Especulativa
Da mesma forma que na Maçonaria, a doutrina da Cabala compreendia uma forma operativa e uma forma especulativa. A forma operativa congregava alquimistas e pesquisadores do oculto, na tarefa de encontrar meios de preservar a saúde, obter riqueza material, sucesso em empreedimentos profanos, ou simplesmente como processo de conhecimento. Era uma forma de aplicar o conhecimento esotérico contido nas combinações numéricas e sonoras do alfabeto sagrado para a resolução de problemas da vida real. Essa prática, embora tenha rendido aos seus cultores muitas acusações de charlatanismo, não obstante, resultou em importantes descobertas e aplicações práticas no campo das ciências e da filosofia.
Já a Cabala Especulativa tratava de construir um sistema cosmológico e ético capaz de explicar as origens, o desenvolvimento e o processo de construção do universo e a maneira pela qual o homem podia interferir nele. A esta última forma pode-se associar os nomes de alguns cientistas e filósofos famosos, como Paracelso, Cornélius Agrippa, Robert Boyle, Robert Fludd, Eliphas Levi e outros, que foram alquimistas e pesquisadores da filososofia oculta, predecessores dos modernos cientistas.
O Codificador da Cabala
A Cabala é uma tradição muito antiga, provavelmente anterior a Abraão, já que era usada pelos sacerdotes caldeus antes mesmo da emigração desse patriarca para a Palestina. Era no entnto, uma coleção de fórmulas e frases soltas, usadas principalmente nos rituais secretos presididos esses ssacerdotes. A tradição confere a um sacerdote, provavelmente da seita essênia, a codificação da tradição cabalística e sua estruturação sistemática num todo organizado. Seu nome era Simão Ben Iohai, e viveu na segunda metade do primeiro século da era cristã, sendo condenado á morte no governo do imperador romano Tito, por ocasião da destruição do segundo Templo de Jerusalém.
O sentimento religioso dos judeus, que se recusavam a aceitar os deuses romanos e honrar o imperador romano como Deus foi considerado como causa principal da revolta contra Roma, revolta essa, que entre os anos 66-70 degenerou numa sangrenta rebelião que custou a destruição total de Jerusalém e a dispersão dos seus habitantes pelo mundo, no episódio que ficou conhecido como Diáspora. E foi justamente para conservar suas tradições religiosas que os rabinos judeus, a exemplo dos essênios dois séculos antes, desenvolveram os métodos da Cabala, ocultando através de alegorias numéricas e construções metafóricas os segredos de sua religião.
Diz-se que Ben Iohai viveu durante vinte anos em cavernas, ocultando-se das tropas romanas. Nesse longo período de exílio ele tornou-se um visionário, transformando as visões que tinha em símbolos numéricos e palavras, compondo significados com interações de letras e números do alfabeto hebraico. Vivia-se uma época de intensa agitação política e religiosa, inclusive com o advento do Cristianismo e sua disseminação por todo o Império Romano, feita principalmente pelo apóstolo Paulo e seus seguidores.
O Sepher a Zohar
Ben Iohai transmitiu sua doutrina a poucos iniciados, seguindo a idéia de que a popularização de um conhecimento o abastarda. A tradição sustenta que seu filho Eliezer, e seu principal discípulo, o Rabbi Abba, teriam recolhido seus ensinamentos e composto o livro chamado Shepher a Zohar, que significa o Livro do Explendor.
Historicamente, porém, o Zohar só se tornou conhecido no século XIII e acredita-se que teria sido redigido por um rabino chamado Moisés Bem Schemot, judeu castelhano, a partir de ensinamentos antigos por ele coligidos de diversas fontes.
Os Métodos da Cabala
A Cabala ensina que o próprio Deus transmitiu a alguns anjos os primeiros rudimentos dessa sabedoria, e estes os tramitiram a Adão para que ele pudesse dar nomes á criação. O patrono dessa tradição era o profeta Elias, que a teria aprendido nos chamados Livros da Formação (Sefer Yetsira), atribuídos ao profeta Abraão. Alexandrian, no entanto, sustenta que tal tradição remonta ao século XII e só foi desenvolvida pelos místicos judeus como reação ao rigorismo do Talmud judaico.
A verdade, porém, é que a Cabala, como tradição, já aparece nos escritos gnósticos desde o primeiro século da era cristã, especialmente no Apocalipse. Ela é um método de interpretação da Bíblia que combina o simbolismo dos textos hebraicos com temas relacionados á geometria, aritmética e lingüística, produzindo uma estranha exegese que se destina a compreender como o universo e o homem são materialmente constituídos.
Baseia-se em três processos originais de leitura conhecidos como gematria, notaricom e temura. A gematria consiste em aproximar duas palavras que tenha o mesmo valor numérico no alfabeto hebreu.
Como nesse alfabeto cada letra corrresponde a um número, as palavras formadas com as diferentes letras representam também um determinado valor e um significado, que varia segundo esse valor.
Assim, diversas palavras, formadas com as mesmas letras, podem ter diferentes significados. As letras da palavra Abraão, por exemplo, corresponde ao número 248, que também significa misericória, piedade, etc. Da mesma forma, as letras da palavra escada corresponde ao número 130 e significa, ao mesmo tempo, Sinai, subida, ascenção etc. Daí o significado que a visão do patriarca Jacó teve em Betel assumir, uma noção de escalada, de ascensão espiritual etc., que na Maçonaria do Rito Escocês foi utilizada para representar a passagem do iniciado pelos diversos graus das diferentes Lojas.
O notaricom é uma fórmula que permite construir palavras novas a partir das letras iniciais ou finais de uma frase. Também serve para construir frases inteiras a partir de uma só palavra, á semelhança de um acróstico na arte da poesia. Já a temura consiste na substituição de uma letra por outra, de acordo com combinações alfabéticas denominadas tsirufin. Dessa forma, uma palavra como Éden, por exemplo, pode assumir diversos significados, como corpo, alma, conhecimento, eternidade etc.
Assim, de acordo com os métodos da Cabala, há uma Bíblia que pode ser lida por qualquer pessoa culta e uma outra que só pode ser entendida pelos iniciados. É nesta que está oculta a verdadeira sabedoria. Cada palavra, cada símbolo, cada alegoria, cada parábola tem seu significado oculto.
A estranha hermenêutica da Cabala tinha, como já se disse, um objetivo bem definido. Tratava-se de descobrir quais eram os Nomes Secretos de Deus, seus anjos e demônios, para com eles estabelecer uma comunicação direta. Essa era a verdadeira Gnose, que daria ao seu possuidor o controle do universo. Daí as fórmulas cabalísticas desenvolvidas para todas as situações da vida; para se adquirir fortuna (abre-te sésamo) e para afastar os demônios (vade retro); para fazer aparecer coisas (abracadabra) e para invocar a proteção divina ( kimaleakav yetsave lak), etc. O sábio Abuláfia, um dos mais conhecidos mestres cabalistas medievais, dizia que Deus criara o mundo presente com a letra he os mundos futuros com a letra iod .
Cabala e Gnose
Embora as grandes tradições da Gnose e da Cabala tenham se fundido a partir de um certo momento cultural, ocorrido principalmente a partir do século XIII, é preciso reconhecer que a Cabala permaneceu sempre vinculada ao Judaísmo, tentando mostrar que essa religião detinha a essência da sabedoria divina. A utilização cristã dessa tradição jamais deixou de encarecer essa posição, procurando provar que o Cristianismo nada mais era do que uma evolução da religião judaica, encarada com mais sensibilidade que razão.
Já a Gnose procurou harmonizar a doutrina de Cristo com as demais religiões da antiguidade. Cristo, na idéia gnóstica, como bem expressou Teilhard de Chardim, era a síntese de todas as divindades que já vieram a terra com o propósito de reconduzir a humanidade pecadora para seu Criador. Mas, a despeito dessa diferença de propósitos, há similitudes que podem ser apontadas. Na Gnose, o universo é uma emanação de Deus através dos eons, enquanto na Cabala essa emanação ocorre por conta dos sefiroths, verbo hebraico que significa contar, e que representa os dez primeiros números do sistema, que são também as dez emanações do En-Sof.( A primeira manifestação positiva de Deus).
As sefiras ou séfiroths
Essas dez emanações, que podem ser entendidas como sendo os atributos da divindade, são a Coroa, (kether), a Sabedoria (chokhmah), a Inteligência (binah) a Grandeza (hesed), a Justiça (gueburah), a Beleza (tifheret), a Eternidade (nethsat), a Glória (hod), os Fundamentos (yesod) , o Reino (malcoth).
Essas dez emanações do divino eram as chamadas séforas, que continham todos os fundamentos pelos quais o cosmo foi formado. Elas eram a inteligência pura de Deus, cada uma delas independente e indivisível, porém formando um conjunto único. A árvore sefirótica era a representação cósmica da criação, e entendê-la em toda sua completude significava ter a visão completa de todo o processo pelo qual o universo foi construído.
Como veremos, a Maçonaria irá trabalhar essas idéias nos graus filosóficos, associando-as as correspondentes cristãs, que são as sete virtudes teologais, a partir das quais o homem cristão se constrói moralmente.
O sistema cabalístico
A Cabala, entretanto, não era apenas uma forma de interpretação da vontade divina através da manipulação de números e letras. Ela integrava um complexo corpo doutrinário que tinha uma cosmologia, uma hagiografia e uma escatologia, fundamentadas em concepções bastante originais.
Em termos cosmogonicos, a teoria dos sefiroths justificava a formação do universo; escatológicamente, pensava-se que a alma de um defunto podia associar-se com a de um ser vivo para promover uma interação que beneficiasse a ambos em termos de redenção. Era a doutrina do gilgoul.
Essa interação só podia ocorrer na mesma família. O gilgoul era uma doutrina que misturava a noção de reencarnação com o espiritismo.
A hagiografia cabalística era bastante diferente daquela desenvolvida pelos cristãos. Enquanto os cristãos atribuíam aos santos e aos anjos a responsabilidade pela intermediação entre os homens e Deus, atuando sempre no sentido do bem, a Cabala possuía uma angeologia e uma demonologia bastante atuante nesse sentido, mas em ambas as direções, e de uma forma bastante direta. A interação entre homens e criaturas celestes era constante. Adão, por exemplo, teve relações com duas demônias, gerando filhos e filhos. Noema, filha de Cain, era mãe de muitos demônios. Os anjos eram nomeados segundo a virtude que representavam. Gadiel era o anjo da felicidade, Harasiel do destino, Hiehoel do conhecimento, Negraniel da fantasia etc.
A Cabala na Maçonaria
Como veremos ao longo do desenvolvimento dos graus superiores, todos esses simbolismos foram convenientemente adaptados ao catecismo maçônico adotado pelo Rito Escocês. Essa é, na nossa opinião, mais uma prova da presença dos misticos judeus entre os chamados “maçons aceitos” que se imiscuíram nas Lojas Especulativas a partir do início do século XVII. Iremos encontrar esses temas, praticamente em todos os graus superiores, desde ao 4º até o 33º., entremeados com motivos cavalheirescos, herméticos e aqueles extraídos da tradição dos pedreiros-livres. (continua)
_________________________________________________________
1. Veja-se o interessante conto de Gustavo Mirink, O Golem
2. Deve-se principalmente a Robert Fludd o desenvolvimento da chamada Gnose Alquímica, na qual a Arte de Hermes é tratada como uma filosofia de transformação interior, em oposição ao seu caráter tradicional de arte da natureza. Nessa Gnose Alquímica, pela primeira vez se fala numa prática esotérica com sentido moral. Tratava-se, outrossim, não de transmutações metálicas, mas de uma procura da unidade da matéria, capaz de ligar a alma humana á alma do cosmos, que a Gnose, propriamente dita, considerava apartados desde a queda do homem.
3. Alexandrian- História da Filosofia Oculta, pg. 90
4. Idem, op citado, pg. 80
5. Iod é letra inicial do Nome Inefável de Deus (Jeová ou Yavhé). Na Maçonaria das Lojas Simbólicas essa letra é substituída pela letra G. Todavia, nos graus filosóficos utiliza-se a palavra Iod, emoldurada por um triângulo, significando Principio Criador, Grande Arquiteto do Universo, Verbo Divino etc.
_______________________________________________________________
DO LIVRO "CONHECENDO A ARTE REAL", ED. MADRAS, SÃO PAULO, 2007
A Espada no Rito Adonhiramita
A espada, em maçonaria, é a arma da vigilância com a qual o Maçom defende a Ordem; representa o poder e a autoridade dirigidos com justiça e equilíbrio. É um símbolo de igualdade entre os Mestres Maçons em todos os graus do simbolismo.
Empunhada com a mão direita, representa uma arma; a ação física; a Proteção dos Segredos e dos Princípios da Tradição Maçônica; a Consciência que atormenta o perjuro; o compromisso de manter o sigilo, de vencer as paixões que o mundo apresenta entre suas ilusões (as quais o Tempo, inexorável Guardião da Eternidade, consome). Em alguns Ritos ao penetrarem no Templo, todos os Mestres Maçons devem estar munidos de uma espada introduzida na extremidade inferior da Faixa de Mestre, no local apropriado.
Nas sessões abertas ao público, é formada uma comissão de irmãos portando espadas, que quando adentram à Loja os visitantes, elas são levantadas formando uma abóboda de aço, o que é uma grande honraria.
A Espada Flamígera no altar do Venerável Mestre representa simbolicamente, a espada flamejante dos querubins á porta do Éden, quando Deus expulsou o homem do paraíso; na maçonaria ela tem na figura do Veneravel Mestre o aspecto do comando e da autoridade, capaz de repelir o intruso seja no plano físico, astral ou espiritual que é sua missão em Loja. A lâmina da espada não deve ser tocada para que não se altere sua imantação, interferindo no fluxo energético que se estabelece com a ritualística.
Apesar disso, o ato litúrgico que envolve o uso de espadas na Maçonaria não está ligada a magia ritual primitiva, ainda que os antigos magos empunhassem numa mão uma vara e na outra uma espada. Tão pouco se prende exclusivamente ao sentido guerreiro ou militar! O uso da espada está relacionado a efeitos geomânticos uma vez que todo ritual interfere em correntes de energia.
A energia exalada dentro da Loja reflete em cada irmão e é distribuída para o mundo exterior.
Que o GADU possa sempre nos iluminar e energizar os nossos pensamentos para que possamos sempre trilhar o caminho da verdade, justiça do amor fraternal e nos basear na liberdade igualdade e fraternidade.
Fonte : Flávio Dellazzana
A.'.R.'.L.'.S.'. PEDRA CINTILANTE, 60 - G.'.O.'.S.'.C.'./C.'.O.'.M.'.A.'.B.'.
O SIMBOLISMO DOS INSTRUMENTOS DE TRABALHO DO AP.'. M.'.
Os instrumentos de trabalho do AP.'.M.'. – a Régua de 24 PP.'., o Cinzel e o Maço – representam as três grandes forças da consciência humana: conhecer, sentir e querer; ciência, emoção e atividade; experiência, sentimento e força.
Simbolicamente, a Régua de 24 PP.'. representa o conhecimento, a ciência, a experiência, ou seja, a SABEDORIA, a primeira das Três Colunas Sagradas do Templo. Com ela o AP.'.M.'. deve medir suas ações, permitindo-lhe ter consciência do valor e da utilidade de suas idéias e atitudes. Quando o ser humano age sem planejar, sem pensar sobre as conseqüências de seus atos, já inicia seu trabalho de forma errada, sem noção do que quer fazer e aonde quer chegar. O AP.'.M.'., no seu caminhar de constante busca pelo progresso na Grande Obra, deve sempre pensar e avaliar sobre suas ações, tanto materiais quanto espirituais, conhecendo o valor e o impacto de cada uma delas perante a sociedade em que vive e seus semelhantes. Isto é sabedoria maçônica. Segundo o nosso Ritual, “sabedoria é prudência, e só é prudente o que sabe medir”.
O Cinzel, simbolicamente, representa o sentir, a emoção, ou seja, a BELEZA, a segunda das Três Colunas Sagradas do Templo. Com ele o AP.'.M.'. modela seu espírito e sua alma, conforme os planos traçados pela Régua de 24 PP.'.. O Cinzel representa a execução do que foi planejado, conforme as qualidades morais, sentimentos e virtude de cada Maçom, permitindo-lhe agir com foco e determinação na busca do resultado traçado.
Por último, o Maço representa o querer, a atividade, ou seja, a FORÇA da ação do AP.'.M.'. em sua obra, sendo esta a terceira das Três Colunas Sagradas do Templo. Traduz a energia, a impulsão no ato de aplicar o Cinzel conforme o plano traçado pela Régua de 24 PP.'., ou de maneira simbólica, representa a força colocada na execução dos planos e obras traçadas pelo AP.'..
Interessante notar que sempre em minha vida profana procurei trabalhar com planejamento, sem saber que estava me utilizando do conceito simbólico do instrumento da Régua de 24 PP.'.; sempre procurei aplicar todas as minhas energias, concentração e força de vontade na execução daquilo que tinha planejado, sem saber que estava me utilizando dos conceitos do Maço e do Cinzel. Quando me iniciei como Maçom e recebi de meus IIr.'. os três instrumentos de trabalho do Aprendiz (1ª instrução), procurei estudá-los e entender a sua aplicabilidade. Fiquei admirado com a sincronia e o poder das funcionalidades de cada instrumento. A diferença, porém, entre o que eu fazia (ou achava que fazia) e o que hoje posso realizar está no fato de que a aplicação dos instrumentos de trabalho do AP.'.M.'. podem e devem ser utilizados para toda e qualquer obra, a todo momento, em todas as circunstâncias. A busca da perfeição deve ser vista como uma missão de vida, e estes instrumentos se constituem na base, no sustentáculo das obras de todo Maçom.
Apesar de, inconscientemente, sempre ter utilizado os conceitos da Régua de 24 PP.'., do Maço e do Cinzel, não tinha exata compreensão de sua importância e de sua força. Como Maçom, posso hoje perceber sua potencialidade e sua aplicabilidade para o trabalho que irei desenvolver no meu caminhar de constante busca pelo progresso na Grande Obra.
Esta é a diferença que faz toda a diferença; é o que caracteriza um verdadeiro Maçom!
Frederico Cesar Mafra Pereira, M.M.
ARLS Ordem E Progresso – N.133 – Belo Horizonte (MG) - Brasil
O Cinzel, simbolicamente, representa o sentir, a emoção, ou seja, a BELEZA, a segunda das Três Colunas Sagradas do Templo. Com ele o AP.'.M.'. modela seu espírito e sua alma, conforme os planos traçados pela Régua de 24 PP.'.. O Cinzel representa a execução do que foi planejado, conforme as qualidades morais, sentimentos e virtude de cada Maçom, permitindo-lhe agir com foco e determinação na busca do resultado traçado.
Por último, o Maço representa o querer, a atividade, ou seja, a FORÇA da ação do AP.'.M.'. em sua obra, sendo esta a terceira das Três Colunas Sagradas do Templo. Traduz a energia, a impulsão no ato de aplicar o Cinzel conforme o plano traçado pela Régua de 24 PP.'., ou de maneira simbólica, representa a força colocada na execução dos planos e obras traçadas pelo AP.'..
Interessante notar que sempre em minha vida profana procurei trabalhar com planejamento, sem saber que estava me utilizando do conceito simbólico do instrumento da Régua de 24 PP.'.; sempre procurei aplicar todas as minhas energias, concentração e força de vontade na execução daquilo que tinha planejado, sem saber que estava me utilizando dos conceitos do Maço e do Cinzel. Quando me iniciei como Maçom e recebi de meus IIr.'. os três instrumentos de trabalho do Aprendiz (1ª instrução), procurei estudá-los e entender a sua aplicabilidade. Fiquei admirado com a sincronia e o poder das funcionalidades de cada instrumento. A diferença, porém, entre o que eu fazia (ou achava que fazia) e o que hoje posso realizar está no fato de que a aplicação dos instrumentos de trabalho do AP.'.M.'. podem e devem ser utilizados para toda e qualquer obra, a todo momento, em todas as circunstâncias. A busca da perfeição deve ser vista como uma missão de vida, e estes instrumentos se constituem na base, no sustentáculo das obras de todo Maçom.
Apesar de, inconscientemente, sempre ter utilizado os conceitos da Régua de 24 PP.'., do Maço e do Cinzel, não tinha exata compreensão de sua importância e de sua força. Como Maçom, posso hoje perceber sua potencialidade e sua aplicabilidade para o trabalho que irei desenvolver no meu caminhar de constante busca pelo progresso na Grande Obra.
Esta é a diferença que faz toda a diferença; é o que caracteriza um verdadeiro Maçom!
Frederico Cesar Mafra Pereira, M.M.
ARLS Ordem E Progresso – N.133 – Belo Horizonte (MG) - Brasil
BIBLIOGRAFIA:
- GOMG – Grande Oriente de Minas Gerais. Ritual e Instruções de Aprendiz-Maçon do Rito Escocês Antigo e Aceito. 1ª edição. Belo Horizonte: Grande Oriente de Minas Gerais, 2004.
Recebimento de novos membros em fevereiro de 2012
Com a presença de Amados Irmãos dos Orientes de São Paule da Região, a ARLS 05 de Agosto nº 338 - Glesp realizou a sua primeira Sessão Magna de Iniciação no dia 06 de Fevereiro de 2012, no Templo da ARLS Noboro Kasae, ao Oriente de Mirante do Paranapanema. Abaixo as fotos do evento:
O APRENDIZ: DESENVOLVIMENTO, LIMITAÇÕES E ASPIRAÇÕES
Antes de iniciar a falar sobre o “desenvolvimento, limitações e aspirações” de um Aprendiz Maçom, necessário é definir, se possível, o que significa a palavra Aprendiz. Parafraseando Searle as palavras tem sentido dentro de um contexto (1), logo, a palavra Aprendiz tem um significado quando aplicada em um contexto profano e outro no contexto Maçom.
No primeiro contexto Aprendiz é aquele que aprende uma arte, novato, principiante.(2) Ou seja, aquele que está no princípio. Filosoficamente o Aprendiz está vinculado ao “Aprendizado”, como ensina Nicola Abbagnano, o primeiro a trabalhar a noção de “Aprendizado” foi Platão que definiu em sua teoria da “anamnese”:
Sendo toda a natureza congênita e tendo a alma aprendido tudo, nada impede quem se lembre de uma só coisa – que é o que se chama aprender – encontre em si mesmo todo o resto, se tiver constância e não desistir da procura, porque procurar e aprender nada mais são do que reminiscência. (3)
Já no ambiente maçônico tem maior sentido a definição de Aprendiz, pois recebe ela “significantes” (4) que decorrem do “contexto” próprio que a própria definição está inserida. Ser Maçom significa ter deveres, como ensina Rizzardo da Camino quando em seu livro “Simbolismo do Primeiro Grau” diz
[...], e que se admitido Maçom encontrará nos símbolos maçônicos a realização do dever, pois o Maçom não combate somente as próprias paixões, trabalhando para a autoperfeição, mas aos outros inimigos da humanidade, quais sejam os hipócritas que enganam, os pérfidos que defraudam, os ambiciosos que a usurpam e os corruptos e sem princípios, que abusam da confiança dos povos; a estes não se combate sem preparo prévio e sem perigos.(5)
Em parca síntese, ser Aprendiz Maçom significa ir para além da racionalidade profana, chegando em um “entre-lugar”, ou seja, um lugar diferenciado mas inserido nesta sociedade, não fora dela. O Maçom não pode se afastar da busca da “[...] justiça e da retidão que regem todos os atos de quem, realmente, tem consciência de ser maçom.”(6)
Para buscar a retidão e a justiça o Maçom inicia-se na caminhada por meio do seu ingresso no Grau de Aprendiz, pois deve ser a partir desse “entre-lugar” que ele inicia a busca do seu aprimoramento interno e com isso fazer com o Recipiendário (7) se aperfeiçoe e a sociedade que vivemos torne-se melhor.
O Aprendiz Maçom ao ingressar na Ordem passa a ser um “[...] obreiro do Grande Arquiteto do Universo [...]” para desenvolver-se apresentando trabalhos e sendo ministrado pelo corpo administrativo da Oficina.(8) É a partir destes trabalhos e das instruções que o Aprendiz Maçom desenvolve o “[...] aperfeiçoamento moral e intelectual [...]”.(9) Logo, o desenvolvimento do Aprendiz Maçom se dá em volta de um aprimoramento pessoal e intelectual para que seja aplicado no seu cotidiano. (10)
Esse primeiro grau da Ordem Maçônica é consagrado a “Fraternidade” (11), com o objetivo que é a “união de toda a humanidade”. Neste grau o Aprendiz dedica-se a aprender os fundamentos da Maçonaria, com o foco no aprendizado da filosofia, dos símbolos, das alegorias, da ritualística, da doutrina, sendo que com eles busca então o seu “aprimoramento interior”. (12)
A condição de Aprendiz denota limitações, dentre tantas que podia citar, pois somos seres humanos e por tal natureza somos limitados. Todavia para delimitar o trabalho necessário que seja indicada, dentro de um recorte, a que entendo ser a principal identificada pela doutrina. A nosso entendimento a maior limitação do Aprendiz Maçom é a “Luz” que vê ao ser iniciado. Ela é um fenômeno que ele não consegue ver na sua totalidade, tão pouco enxergar tudo aquilo que está em sua volta. Aqui me faz lembrar a “Alegoria da Caverna” de Platão. Nela pessoas estão trancafiadas em uma caverna desde a infância, trancados estão por
grilhões em suas pernas e também pescoço, pois se quer podiam virar o rosto para ver de onde estava vindo a “Luz”. Sendo essa a que incide em objetos e por cima de um muro reflete em sua frente imagens distorcidas, essas que tem eles como própria imagem dos objetos que conhecem porque ali estão desde a infância. (13)
Imagina Platão, narrando a história, se um destes trancafiados fosse solto, haveria a quebra do paradigma da imagem dos objetos que só conhecia por meio da imagem projetada e que não é a imagem real dos objetos. A quebra do paradigma só ocorreria se fosse dado a aquela pessoa o conhecimento daquilo que não conhecia a não ser pela imagem refletida. Mas a limitação está na falta de condição de conhecer os objetos e para isso necessária que fosse tomada a “Luz” de forma progressiva.
A condição de Aprendiz denota limitações, dentre tantas que podia citar, pois somos seres humanos e por tal natureza somos limitados. Todavia para delimitar o trabalho necessário que seja indicada, dentro de um recorte, a que entendo ser a principal identificada pela doutrina. A nosso entendimento a maior limitação do Aprendiz Maçom é a “Luz” que vê ao ser iniciado. Ela é um fenômeno que ele não consegue ver na sua totalidade, tão pouco enxergar tudo aquilo que está em sua volta. Aqui me faz lembrar a “Alegoria da Caverna” de Platão. Nela pessoas estão trancafiadas em uma caverna desde a infância, trancados estão por
grilhões em suas pernas e também pescoço, pois se quer podiam virar o rosto para ver de onde estava vindo a “Luz”. Sendo essa a que incide em objetos e por cima de um muro reflete em sua frente imagens distorcidas, essas que tem eles como própria imagem dos objetos que conhecem porque ali estão desde a infância. (13)
Imagina Platão, narrando a história, se um destes trancafiados fosse solto, haveria a quebra do paradigma da imagem dos objetos que só conhecia por meio da imagem projetada e que não é a imagem real dos objetos. A quebra do paradigma só ocorreria se fosse dado a aquela pessoa o conhecimento daquilo que não conhecia a não ser pela imagem refletida. Mas a limitação está na falta de condição de conhecer os objetos e para isso necessária que fosse tomada a “Luz” de forma progressiva.
Precisava de se habituar, julgo eu, se quisesse ver o mundo superior. Em primeiro lugar, olharia mais facilmente para as sombras, depois disso, para as imagens dos homens e dos outros objetos, refletida na água, e, por último, para os próprios objetos. A partir de então, seria capaz de contemplar o que há no céu, e o próprio céu, durante a noite olhando para a luz das estrelas e da Lua, mais facilmente do que fosse o Sol e o seu brilho de dia. (14)
Iniciado o Aprendiz consegue se soltar dos “grilhões” que os prende pelas pernas e pelo pescoço e, a partir de então, começa a lutar pela quebra do paradigma, qual seja, a de ultrapassar as barreiras imaginárias da caverna e das condições impostas por aquele mundo a qual estavam vivendo. Mundo de limitação, mundo de coisas impostas e postas pela imagem refletida na parede da caverna como sendo ela verdade absoluta. O Aprendiz foi solto e vai ao encontro da “Luz”, pois quer conhecer aquela imagem que tinha em sua retina de forma distorcida, todavia tem dificuldade por que está apenas no início da caminhada.
A maior dificuldade é a falta de compreensão, pois nem tudo que vê entende. A limitação do Aprendiz Maçom está no próprio grau que ele se encontra na Ordem, pois é o primeiro grau. Logo, a limitação é imposta pela falta de vivência Maçônica que com o tempo naturalmente ocorrerá. Essa limitação aliada à própria origem profana do Aprendiz faz com que mesmo vendo a “Luz” não a entenda, pois não tem conhecimento de mundo para tanto. Quanto às aspirações do Aprendiz Maçom, no recorte proposto, uma delas e a principal ao meu entendimento é o aprimoramento pessoal. A outra é galgar os graus existentes na própria Ordem por que se existe o primeiro grau, decorrência lógica, é por que existem outros mais.
Mas o mais importante não é o galgar (de)graus apenas, ma sim o aprimoramento com a subida deles, vivencias e ensinamentos de cada um é o que importa. Como ensina Compte-Sponville (15) ninguém será mais o mesmo após banhar-se num rio e nem o rio será mais o mesmo após o decorrer do tempo.(16) A busca do crescimento individual, do entendimento sobre a sublime Ordem Maçônica, que tem seus alicerces na fraternidade, na liberdade e na isonomia, o entender a tudo isso se torna a principal aspiração do Aprendiz.
Ao fim o desenvolvimento é uma constância, mesmo que não queiramos seremos mais desenvolvidos por conta do tempo passado e do ingresso na Ordem. Estamos inseridos em um grupo que pela convivência, pelas experiências de cada um, inseridos nos trabalhos da Loja, passamos a fazer parte de um “todo”, sendo que este “todo”, nas palavras de Francesco Carnelutti, é demais para nós, ou seja, é demais para a nossa compreensão, logo, o crescimento é intrínseco ao grupo. Quem está no grupo está crescendo.
Já as limitações decorrem da própria natureza humana que é imperfeita e, também, do “todo” relatado que não conseguimos compreender.
Quanto às aspirações são sempre renováveis e presentes no caminho da vida, já que inseridos na Ordem.
Tiago Oliveira de Castilhos
A.'. M.'. - A.'.R.'.L.'.S.'. Sir Alexander Fleming 1773, OR.'. de Porto Alegre/RS (Brasil)
Tiago Oliveira de Castilhos
A.'. M.'. - A.'.R.'.L.'.S.'. Sir Alexander Fleming 1773, OR.'. de Porto Alegre/RS (Brasil)
NOTAS:
- SEARLE, John R. Expressão e significado: estudos da teoria dos atos de fala. Tradução Ana Cecília G. A. de Camargo e Ana Luiza Marcondes Garcia. São Paulo: Martins fontes. 1995, p. 183. “Neste capítulo, quero contestar um aspecto desta opinião dominante: a idéia de que, dada qualquer sentença, seu significado literal pode ser definido como significado que ela tem independentemente de qualquer contexto. Sustentarei que, em geral, a noção de significado literal de uma sentença só tem aplicação relativamente a um conjunto de suposições de base contextuais [...].”
- em: http://aulete.uol.com.br/sofreguidão (acesso em: 5 nov 2013).
- ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. Tradução da 1ª edição brasileira coordenada e revista por Alfredo Bosi. Revisão da tradução e tradução dos novos textos de Ivone Castilho Benedetti. São Paulo:
Martins Fontes. 2007, p. 75. Apud: Men. 81d. Explica o autor que aprendizado para Platão: “O A. é, segundo Platão, devido à associação das coisas entre si, pela qual a alma pode, após haver captado uma coisa, captar também a outra que a esta se encontra vinculada.” A definição da palavra “Reminiscência” para o Dicionário da Língua Portuguesa Caldas Aulete, é “Aquilo de que se recorda; LEMBRANÇA; RECORDAÇÃO;” Dicionário da Língua Portuguesa. Caldas Aulete on-line. Disponível em: http://aulete.uol.com.br/sofreguidão (acesso em: 5 nov 2013). - FINGER, Ingrid. Metáfora e significação. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1996, p. 15. “A comunicação humana é repleta de situações em que a linguagem é usada para transmitir significados diferentes dos significados que são dados pela palavras utilizadas. Isso faz com que a representação teórica desses significados seja de uma complexidade maior do que a representação da compreensão do discurso literal.”
- Ritual: Rito Escocês Antigo e Aceito/Grande Oriente do Brasil, São Paulo, 2009, p. 11. Conforme o Decreto n.1.102, de 15 de maio de 2009, promulgado pelo Grão-Mestre Geral Marcos José da Silva, aprovou-se o Ritual do Grau 1 – Aprendiz-Maçom, esse do Rito Escocês Antigo e Aceito, sendo seu início aprovado a aplicação para 24 de junho de 2009 que é o dia do Patrono da Maçonaria Universal. A partir desse dia revogavam-se todas as demais formas e ritos de iniciação passando este a ser o único e oficial Rito de Aprendiz.
- COMTE-SPONVILLE, André. O ser-tempo: algumas reflexões sobre o tempo da consciência. Tradução de Eduardo Brandão. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006, p. 78. "Ninguém nunca se banha duas vezes no mesmo rio, nem no mesmo presente. Ninguém pode subverter, em nenhum sentido da palavra, o tempo: ninguém pode detê-lo, ninguém pode aboli-lo, ninguém pode virá-lo ao contrário." Nesse sentido, ninguém volta a ser o mesmo após a exposição ao tempo.
- COMTE-SPONVILLE, 2006, p. 47. “Quando comecei essa comunicação, o presente estava aqui. Ainda está, neste momento em que eu continuo. E estará sempre, quando eu tiver terminado, quando tivermos nos
despedido, quando pensarmos em outra coisa [...]. O presente está lá quando de nosso nascimento. Ele estará lá quando de nossa morte. Ele estará lá, sem a menor interrupção, durante todo o tempo que irá separar esses dois momentos. Ele está aí, sempre aí: ele é o aí do ser.” O tempo não é igual, pois não se é igual hoje ao que se foi ontem, e não se será amanhã igual ao que se foi ontem, pois o tempo sempre é presente e sempre se vive o presente.
BIBLIOGRAFIA:
- ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. Tradução da 1ª edição brasileira coordenada e revista por Alfredo Bosi. Revisão da tradução e tradução dos novos textos de Ivone Castilho Benedetti. São Paulo: Martins Fontes. 2007.
- CAMINO, Rizzardo da. Simbolismo do primeiro grau: aprendiz. 5 ed. São Paulo: Madras, 2011.
- COMTE-SPONVILLE, André. O ser-tempo: algumas reflexões sobre o tempo da consciência. Tradução de Eduardo Brandão. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
- D’ELIA JÚNIOR, Raymundo. Maçonaria: 100 instruções de aprendiz. São Paulo: Madras, 2010.
- Dicionário da Língua Portuguesa. Caldas Aulete on-line. Disponível em: http://aulete.uol.com.br/sofreguidão. (Acesso em: 5 nov 2013).
- FINGER, Ingrid. Metáfora e significação. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1996
- PLATÃO. A República. Texto integral. Coleção Obra-Prima do autor. 2 ed. Tradução Pietro Nassetti. 7 reimpressão. São Paulo: Martin Claret. 2009.
- Ritual. Rito Escocês Antigo e Aceito/Grande Oriente do Brasil, São Paulo, 2009, p. 11.
- Conforme o Decreto n. 1.102, de 15 de maio de 2009, promulgado pelo Grão-Mestre Geral Marcos José da Silva.
- SEARLE, John R. Expressão e significado: estudos da teoria dos atos de fala. Tradução Ana Cecília G. A. de Camargo e Ana Luiza Marcondes Garcia. São Paulo: Martins fontes. 1995.
O GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO E A PARTÍCULA DIVINA
GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO
O Grande Arquiteto do Universo, etimologicamente se refere ao principal Criador de tudo que existe, principalmente do mundo material (demiurgo) independente de uma crença ou religião específica.
O Grande Arquiteto do Universo, etimologicamente se refere ao principal Criador de tudo que existe, principalmente do mundo material (demiurgo) independente de uma crença ou religião específica.
CONCEITO CRISTÃO
O conceito de Deus como o Grande Arquiteto do Universo tem sido empregado muitas vezes no cristianismo. Ilustrações de Deus como o arquiteto do universo podem ser encontradas em Bíblias desde a Idade Média e regularmente empregadas pelos apologistas e professores cristãos.
O conceito de Deus como o Grande Arquiteto do Universo tem sido empregado muitas vezes no cristianismo. Ilustrações de Deus como o arquiteto do universo podem ser encontradas em Bíblias desde a Idade Média e regularmente empregadas pelos apologistas e professores cristãos.
Teólogos cristãos como Tomás de Aquino (1) sustentam que existe um Grande Arquiteto do Universo, a Primeira Causa (2), e que este é Deus. Os comentadores de Aquino têm apontado que a afirmação de que o Grande Arquiteto do Universo é o Deus cristão não é evidente, com base na "teologia natural" somente, mas requer adicionalmente de um "salto de fé" baseado na revelação da "Bíblia".
João Calvino (3), em seu Instituto da Religião Cristã (publicado em 1536), chama repetidamente o Deus cristão de "O Arquiteto do Universo", também se referindo aos seus trabalhos como "Arquitetura de Universo", e em seu comentário sobre Salmo 19 (4) na Bíblia católica Salmo 18 (5) refere-se à Deus como o "Grande Arquiteto" ou "Arquiteto do Universo".
João Calvino (3), em seu Instituto da Religião Cristã (publicado em 1536), chama repetidamente o Deus cristão de "O Arquiteto do Universo", também se referindo aos seus trabalhos como "Arquitetura de Universo", e em seu comentário sobre Salmo 19 (4) na Bíblia católica Salmo 18 (5) refere-se à Deus como o "Grande Arquiteto" ou "Arquiteto do Universo".
CONCEITO MAÇÔNICO
O conceito do 'Grande Arquiteto do Universo' está além de qualquer credo religioso, respeitando toda a sua pluraridade. A crença num ser supremo é ponto indiscutível, para que se possa ser iniciado na maçonaria, uma realidade filosófica mas não um ponto doutrinal. Como é uma escola de filosofia, moral e bons costumes, e não sendo uma religião, a maçonaria não pretende concorrer com outras religiões. Permite aos seus iniciados a crença em qualquer uma das religiões existentes, exigindo apenas a crença num ser superior, criador de tudo e de todos, que o candidato já acreditasse antes mesmo de considerar a possibilidade de vir a ser um maçom.
Assim, 'Grande Arquiteto do Universo' ou 'G.•.A.•.D.•.U.•.' é uma designação maçônica para uma força superior, criadora de tudo o que existe. Com esta abordagem, não se faz referência a uma ou outra religião ou crença, permitindo que maçons muçulmanos, católicos, budistas, espíritas e outros, por exemplo, se reúnam numa mesma loja maçônica.
Para um maçom de origem muçulmana se referiria a Alah, para outro de católica, seria Jave, de qualquer forma significaria Deus. Assim as reuniões em loja podem congregar irmãos de diversas crenças, sem invadir ou questionar seus conteúdos. A atividade da Maçonaria em relação ao Grande Arquiteto do Universo - G.•.A.•.D.•.U.•., envolve estudos filosóficos e não proselitismo (6).
O conceito do 'Grande Arquiteto do Universo' está além de qualquer credo religioso, respeitando toda a sua pluraridade. A crença num ser supremo é ponto indiscutível, para que se possa ser iniciado na maçonaria, uma realidade filosófica mas não um ponto doutrinal. Como é uma escola de filosofia, moral e bons costumes, e não sendo uma religião, a maçonaria não pretende concorrer com outras religiões. Permite aos seus iniciados a crença em qualquer uma das religiões existentes, exigindo apenas a crença num ser superior, criador de tudo e de todos, que o candidato já acreditasse antes mesmo de considerar a possibilidade de vir a ser um maçom.
Assim, 'Grande Arquiteto do Universo' ou 'G.•.A.•.D.•.U.•.' é uma designação maçônica para uma força superior, criadora de tudo o que existe. Com esta abordagem, não se faz referência a uma ou outra religião ou crença, permitindo que maçons muçulmanos, católicos, budistas, espíritas e outros, por exemplo, se reúnam numa mesma loja maçônica.
Para um maçom de origem muçulmana se referiria a Alah, para outro de católica, seria Jave, de qualquer forma significaria Deus. Assim as reuniões em loja podem congregar irmãos de diversas crenças, sem invadir ou questionar seus conteúdos. A atividade da Maçonaria em relação ao Grande Arquiteto do Universo - G.•.A.•.D.•.U.•., envolve estudos filosóficos e não proselitismo (6).
CONCEITO HERMÉTICO
O Grande Arquiteto também pode ser uma metáfora aludindo à potencialidade divina de cada indivíduo. "(Deus)... Esse poder invisível que todos sabemos existir, mas entendida por muitos nomes diferentes, tais como Deus, o Espírito, o Ser Supremo, a Inteligência, Mente, Energia, Natureza e assim por diante." Na Tradição Hermética (7), cada pessoa tem o potencial de tornar-se Deus, esta
idéia ou conceito de Deus é percebido como interno e não externo. O Grande Arquiteto é também uma alusão ao universo criado observador. Nós criamos nossa própria realidade, por isso nós somos o arquiteto. Outra forma seria a de dizer que a mente é o construtor.
CONCEITO DO PONTO DE VISTA DA GNOSIS
O conceito de Grande Arquiteto do Universo ocorre no gnosticismo. O Demiurgo é o Grande Arquiteto do Universo, o Deus do Antigo Testamento, em oposição a Cristo e Sophia mensageiros da Gnose do Verdadeiro Deus. Ebionits como Notzrim, por exemplo, o Rabba Pira, é a fonte de origem, e, recipiente de todas as coisas, que é preenchido pelo Rabba Mana, o Grande Espírito, do qual emana a primeira vida. A primeira vida reza para a companhia e filhos, após o que a segunda vida, o Ultra Mkayyema ou mundo que constitui Æon (8), o Arquiteto do Universo, vem a ser. A partir desse Arquiteto vem uma série de æons, que erguem o universo sob o comando da gnosis (9), o conhecimento personificado de vida.
BÓSON DE HIGGS
O Bóson de Higgs é uma partícula elementar prevista pelo Modelo Padrão de partículas, teoricamente surgida logo após ao Big Bang de escala maciça hipotética predita para validar o modelo padrão atual de partícula. Representa a chave para explicar a origem da massa das outras partículas elementares. Todas as partículas conhecidas e previstas são divididas em duas classes: férmions (partículas com spin da metade de um número ímpar) e bósons (partículas com spin inteiro).
As massas da partícula elementar e as diferenças entre o eletromagnetismo (causado pelo fóton) e a força fraca (causada pelos bósons de W e de Z), são críticas em muitos aspectos da estrutura da matéria microscópica e macroscópica; assim se existir, o bóson de Higgs terá um efeito enorme na compreensão do mundo em torno de nós.
O bóson de Higgs foi predito primeiramente em 1964 pelo físico britânico Peter Higgs, trabalhando as ideias de Philip Anderson. Entretanto, desde então não houve condições tecnológicas de buscar a possível existência do bóson até o funcionamento do Grande Colisor de Hádrons (LHC) meados de 2008. A faixa energética de procura do bóson vem se estreitando desde então e, em dezembro de 2011, limites energéticos se encontram entre as faixas de 116-130 GeV, segundo a equipe ATLAS, e entre 115 e 127 GeV de acordo com o CMS.
Fora da comunidade científica, é mais conhecida como a partícula de Deus (tradução livre do original God particle), alcunha dada pelo físico Leon Lederman devido ao fato desta partícula permitir que as demais possuam diferentes massas.
A 4 de Julho de 2012, cientistas do CERN anunciaram que, ao fim de 50 anos de investigação, descobriram uma partícula nova que pode ser o bóson de Higgs.
Peter Ware Higgs (Newcastle upon tyne, 29 de maio de 1929), é um físico teórico britânico e professor emérito da Universidade de Edimburgo. Higgs é conhecido por sua proposta de 1960 de quebra da simetria na teoria “eletrofraca”, explicando a origem da massa das partículas elementares em geral e, em particular, dos bósons W e Z. O assim chamado mecanismo de Higgs teve vários inventores além de Higgs, e prevê a existência de uma nova partícula, o bóson de Higgs (muitas vezes descrita como "a mais procurada partícula na física moderna"). Identificado pelo CERN, o bosón de Higgs teve sua existência oficialmente anunciada para o mundo em 04 de julho de 2012. O mecanismo de Higgs é aceito como um ingrediente importante no modelo padrão de partículas físicas, sem a qual as partículas não teriam massa.
Foi homenageado com uma série de prêmios em reconhecimento de seu trabalho, incluindo a Medalha e Prêmio Paul Dirac pelas contribuições à física teórica do Instituto de Física em 1997, o Prêmio High Energy and Particle Physics pela Sociedade Europeia de Física em 1997 e o Prêmio Wolf de Física em 2004.
A partícula chamada Bóson de Higgs é de fato o quantum (10) (partícula) de um dos componentes de um campo de Higgs. No espaço vazio, o campo de Higgs adquire um valor diferente de zero, que permeia a cada lugar no universo todo o tempo. Este valor da expectativa do vácuo (11) (VEV) do campo de Higgs é constante e igual a 246 GeV. A existência deste VEV diferente de zero tem um papel fundamental: dá a massa a cada partícula elementar, incluindo o próprio bóson de Higgs. No detalhe, a aquisição de um VEV diferente de zero quebra espontaneamente a simetria de calibre da força eletrofraca, um fenômeno conhecido como o mecanismo de Higgs. Este é o único mecanismo conhecido capaz de dar a massa aos bóson de calibre (12) (particulas transportadoras de força) que é também compatível com teorias do calibre.
No modelo padrão, o campo de Higgs consiste em dois campos carregados neutros e duas componentes, um do ponto zero e os campos componentes carregados são os bósons de Goldstone. Transformam os componentes longitudinais do terceiro-polarizador dos bósons maciços de W e de Z. O quantum do componente neutro restante corresponde ao bóson maciço de Higgs. Como o campo de Higgs é um campo escalar, o bóson de Higgs tem a rotação zero. Isto significa que esta partícula não tem nenhum momentum angular (13) intrínseco e que uma coleção de bósons de Higgs satisfaz as estatísticas de Bose-Einstein (14).
O modelo padrão não prediz o valor da massa do bóson de Higgs. Discutiu-se que se a massa do bóson de Higgs se encontra, aproximadamente, entre 130 e 190 GeV, então o modelo padrão pode ser válido em escalas da energia toda a forma até a escala de Planck (15) (TeV 1016). Muitos modelos de super-simetria predizem que o bóson de Higgs terá uma massa somente ligeiramente acima dos limites experimentais atuais e ao redor 120 GeV ou menos. A massa do bóson de Higgs não foi medida experimentalmente.
O bóson de Higgs foi predito primeiramente em 1964 pelo físico britânico Peter Higgs, trabalhando as ideias de Philip Anderson. Entretanto, desde então não houve condições tecnológicas de buscar a possível existência do bóson até o funcionamento do Grande Colisor de Hádrons (LHC) meados de 2008. A faixa energética de procura do bóson vem se estreitando desde então e, em dezembro de 2011, limites energéticos se encontram entre as faixas de 116-130 GeV, segundo a equipe ATLAS, e entre 115 e 127 GeV de acordo com o CMS.
Fora da comunidade científica, é mais conhecida como a partícula de Deus (tradução livre do original God particle), alcunha dada pelo físico Leon Lederman devido ao fato desta partícula permitir que as demais possuam diferentes massas.
A 4 de Julho de 2012, cientistas do CERN anunciaram que, ao fim de 50 anos de investigação, descobriram uma partícula nova que pode ser o bóson de Higgs.
Peter Ware Higgs (Newcastle upon tyne, 29 de maio de 1929), é um físico teórico britânico e professor emérito da Universidade de Edimburgo. Higgs é conhecido por sua proposta de 1960 de quebra da simetria na teoria “eletrofraca”, explicando a origem da massa das partículas elementares em geral e, em particular, dos bósons W e Z. O assim chamado mecanismo de Higgs teve vários inventores além de Higgs, e prevê a existência de uma nova partícula, o bóson de Higgs (muitas vezes descrita como "a mais procurada partícula na física moderna"). Identificado pelo CERN, o bosón de Higgs teve sua existência oficialmente anunciada para o mundo em 04 de julho de 2012. O mecanismo de Higgs é aceito como um ingrediente importante no modelo padrão de partículas físicas, sem a qual as partículas não teriam massa.
Foi homenageado com uma série de prêmios em reconhecimento de seu trabalho, incluindo a Medalha e Prêmio Paul Dirac pelas contribuições à física teórica do Instituto de Física em 1997, o Prêmio High Energy and Particle Physics pela Sociedade Europeia de Física em 1997 e o Prêmio Wolf de Física em 2004.
A partícula chamada Bóson de Higgs é de fato o quantum (10) (partícula) de um dos componentes de um campo de Higgs. No espaço vazio, o campo de Higgs adquire um valor diferente de zero, que permeia a cada lugar no universo todo o tempo. Este valor da expectativa do vácuo (11) (VEV) do campo de Higgs é constante e igual a 246 GeV. A existência deste VEV diferente de zero tem um papel fundamental: dá a massa a cada partícula elementar, incluindo o próprio bóson de Higgs. No detalhe, a aquisição de um VEV diferente de zero quebra espontaneamente a simetria de calibre da força eletrofraca, um fenômeno conhecido como o mecanismo de Higgs. Este é o único mecanismo conhecido capaz de dar a massa aos bóson de calibre (12) (particulas transportadoras de força) que é também compatível com teorias do calibre.
No modelo padrão, o campo de Higgs consiste em dois campos carregados neutros e duas componentes, um do ponto zero e os campos componentes carregados são os bósons de Goldstone. Transformam os componentes longitudinais do terceiro-polarizador dos bósons maciços de W e de Z. O quantum do componente neutro restante corresponde ao bóson maciço de Higgs. Como o campo de Higgs é um campo escalar, o bóson de Higgs tem a rotação zero. Isto significa que esta partícula não tem nenhum momentum angular (13) intrínseco e que uma coleção de bósons de Higgs satisfaz as estatísticas de Bose-Einstein (14).
O modelo padrão não prediz o valor da massa do bóson de Higgs. Discutiu-se que se a massa do bóson de Higgs se encontra, aproximadamente, entre 130 e 190 GeV, então o modelo padrão pode ser válido em escalas da energia toda a forma até a escala de Planck (15) (TeV 1016). Muitos modelos de super-simetria predizem que o bóson de Higgs terá uma massa somente ligeiramente acima dos limites experimentais atuais e ao redor 120 GeV ou menos. A massa do bóson de Higgs não foi medida experimentalmente.
Dentro do modelo padrão, a não observação de sinais desobstruídos em aceleradores de partícula conduz a um limite mais baixo experimental para a massa do bóson de Higgs de 114.4 GeV no nível da confiança de 95%. Não o bastante, um pequeno número de eventos foi gravado pela experiência do LEP (16) no CERN (17) que poderia ser como resultado de bósons interpretados de Higgs, mas a evidência é inconclusiva. Espera-se entre os físicos que o Grande Colisor de Hádrons (18), construído no CERN, confirme ou negue a existência do bóson de Higgs. As medidas de precisão observáveis da força eletrofraca indicam que a massa modelo padrão do bóson de Higgs tem um limite superior de 175 GeV no nível da confiança de 95% até a data de março de 2006 (que usam uma medida acima da massa superior do quark).
PARTÍCULA DE DEUS
A expressão vem de um livro do físico ganhador do prêmio Nobel Leon Lederman (19), cujo esboço de título era "A Partícula Maldita" ("The Goddamn Particle", no original), em alusão às frustrações de tentar encontrá-la. O título foi, depois, cortado para "A Partícula de Deus" por seu editor, aparentemente temeroso de que a palavra "maldita" fosse ofensiva.
.
Roberto Aguilar M. S. Silva
M.'. M.'. - A.'.R.'.L.'.S.'. Loja Maçônica Renascença IV, Santo Ângelo, RS (Brasil)
M.'. M.'. - A.'.R.'.L.'.S.'. Loja Maçônica Renascença IV, Santo Ângelo, RS (Brasil)
NOTAS:
- Argumento cosmológico - é um raciocínio filosófico que visa buscar uma Causa Primeira (ou uma causa sem causa) para o universo. Por extensão, esse argumento é frenquentemente utilizado para a existência de um Ser Incondicionado e Supremo, identificado como Deus. A premissa básica é que, já que há um universo em vez de nenhum, ele deve ter sido causado por algo ou alguém além dele mesmo. E essa primeira causa deve ser Deus. Esse raciocínio baseia-se na lei da causalidade, que diz que toda coisa finita ou contingente é causada agora por algo além de si mesma.Esse argumento é tradicionalmente conhecido como argumento a partir da causalidade universal, argumento da causa primeira, argumento causal ou o argumento da existência. Qualquer que seja o termo empregado, há três variantes básicas do argumento cosmológico, cada uma com distinções sutis, mas importantes: os argumentos da Causa (causalidade), da Essência (essencialidade), do Devir (tornando-se), além do argumento da contingência. Esse raciocínio tem sido utilizado por vários teólogos e filósofos ao longo dos séculos, desde a Grécia antiga com Platão e Aristóteles, passando pela Idade Média com São Tomás de Aquino, até a atualidade com William Lane Craig, Alexander Pruss, Timothy O'Connor, Stephen Davis, Robert Koons e Richard Swinburne.
- João Calvino (Noyon, 10 de julho de 1509 — Genebra, 27 de maio de 1564) foi um teólogo cristão francês. Calvino teve uma influência muito grande durante a Reforma Protestante, uma influência que continua até hoje. Portanto, a forma de Protestantismo que ele ensinou e viveu é conhecida por alguns pelo nome Calvinismo, embora o próprio Calvino tivesse repudiado contundentemente este apelido. Esta variante do Protestantismo viria a ser bem sucedida em países como a Suíça (país de origem), Países Baixos, África do Sul (entre os africânderes), Inglaterra, Escócia e Estados Unidos.
- Salmo 19: Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos. Um dia fala disso a outro dia; uma noite o revela a outra noite. Sem discurso nem palavras, não se ouve a sua voz. Mas a sua voz ressoa por toda a terra, e as suas palavras, até os confins do mundo. Nos céus ele armou uma tenda para o sol, que é como um noivo que sai de seu aposento, e se lança em sua carreira com a alegria de um herói. Sai de uma extremidade dos céus e faz o seu trajeto até a outra; nada escapa ao seu calor. A lei do Senhor é perfeita, e revigora a alma. Os testemunhos do Senhor são dignos de confiança, e tornam sábios os inexperientes. Os preceitos do Senhor são justos, e dão alegria ao coração. Os mandamentos do Senhor são límpidos, e trazem luz aos olhos. O temor do Senhor é puro, e dura para sempre. As ordenanças do Senhor são verdadeiras, são todas elas justas. São mais desejáveis do que o ouro, do que muito ouro puro; são mais doces do que o mel, do que as gotas do favo. Por elas o teu servo é advertido; há grande recompensa em obedecer-lhes. Quem pode discernir os próprios erros? Absolve-me dos que desconheço! Também guarda o teu servo dos pecados intencionais; que eles não me dominem! Então serei íntegro, inocente de grande transgressão. Que as palavras da minha boca e a meditação do meu coração sejam agradáveis a ti, Senhor, minha Rocha e meu Resgatador! Salmos 19:1-14
- Salmo 18: Eu te amo, ó Senhor, força minha. O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo, em quem me refúgio; o meu escudo, a força da minha salvação, e o meu alto refúgio. Invoco o Senhor, que é digno de louvor, e sou salvo dos meus inimigos. Cordas de morte me cercaram, e torrentes de perdição me amedrontaram. Cordas de Seol me cingiram, laços de morte me surpreenderam. Na minha angústia invoquei o Senhor, sim, clamei ao meu Deus; do seu templo ouviu ele a minha voz; o clamor que eu lhe fiz chegou aos seus ouvidos. Então a terra se abalou e tremeu, e os fundamentos dos montes também se moveram e se abalaram, porquanto ele se indignou. Das suas narinas subiu fumaça, e da sua boca saiu fogo devorador; dele saíram brasas ardentes. Ele abaixou os céus e desceu; trevas espessas havia debaixo de seus pés. Montou num querubim, e voou; sim, voou sobre as asas do vento. Fez das trevas o seu retiro secreto; o pavilhão que o cercava era a escuridão das águas e as espessas nuvens do céu. Do resplendor da sua presença saíram, pelas suas espessas nuvens, saraiva e brasas de fogo. O Senhor trovejou a sua voz; e havia saraiva e brasas de fogo. Despediu as suas setas, e os espalhou; multiplicou raios, e os perturbou. Então foram vistos os leitos das águas, e foram descobertos os fundamentos do mundo, à tua repreensão, Senhor, ao sopro do vento das tuas narinas. Do alto estendeu o braço e me tomou; tirou-me das muitas águas. Livrou-me do meu inimigo forte e daqueles que me odiavam; pois eram mais poderosos do que eu. Surpreenderam-me eles no dia da minha calamidade, mas o Senhor foi o meu amparo. Trouxe-me para um lugar espaçoso; livrou-me, porque tinha prazer em mim. Recompensou-me o Senhor conforme a minha justiça, retribuiu-me conforme a pureza das minhas mãos. Pois tenho guardado os caminhos do Senhor, e não me apartei impiamente do meu Deus. Porque todas as suas ordenanças estão diante de mim, e nunca afastei de mim os seus estatutos. Também fui irrepreensível diante dele, e me guardei da iniquidade. Pelo que o Senhor me recompensou conforme a minha justiça, conforme a pureza de minhas mãos perante os seus olhos. Para com o benigno te mostras benigno, e para com o homem perfeito te mostras perfeito. Para com o puro te mostras puro, e para com o perverso te mostras contrário. Porque tu livras o povo aflito, mas os olhos altivos tu os abates. Sim, tu acendes a minha candeia; o Senhor meu Deus alumia as minhas trevas. Com o teu auxílio dou numa tropa; com o meu Deus salto uma muralha. Quanto a Deus, o seu caminho é perfeito; a promessa do Senhor é provada; ele é um escudo para todos os que nele confiam. Pois, quem é Deus senão o Senhor? e quem é rochedo senão o nosso Deus? Ele é o Deus que me cinge de força e torna perfeito o meu caminho; faz os meus pés como os das corças, e me coloca em segurança nos meus lugares altos. Adestra as minhas mãos para a peleja, de sorte que os meus braços vergam um arco de bronze. Também me deste o escudo da tua salvação; a tua mão direita me sustém, e a tua clemência me engrandece. Alargas o caminho diante de mim, e os meus pés não resvalam. Persigo os meus inimigos, e os alcanço; não volto senão depois de os ter consumido. Atravesso-os, de modo que nunca mais se podem levantar; caem debaixo dos meus pés. Pois me cinges de força para a peleja; prostras debaixo de mim aqueles que contra mim se levantam. Fazes também que os meus inimigos me deem as costas; aos que me odeiam eu os destruo. Clamam, porém não há libertador; clamam ao Senhor, mas ele não lhes responde. Então os esmiúço como o pó diante do vento; lanço-os fora como a lama das ruas. Livras-me das contendas do povo, e me fazes cabeça das nações; um povo que eu não conhecia se me sujeita. Ao ouvirem de mim, logo me obedecem; com lisonja os estrangeiros se me submetem. Os estrangeiros desfalecem e, tremendo, saem dos seus esconderijos. Vive o Senhor; bendita seja a minha rocha, e exaltado seja o Deus da minha salvação, o Deus que me dá vingança, e sujeita os povos debaixo de mim, que me livra de meus inimigos; sim, tu me exaltas sobre os que se levantam contra mim; tu me livras do homem violento. Pelo que, ó Senhor, te louvarei entre as nações, e entoarei louvores ao teu nome. Ele dá grande livramento ao seu rei, e usa de benignidade para com o seu ungido, para com Davi e sua posteridade, para sempre. Salmos 18:1-50
- Hermetismo é o estudo e prática da filosofia oculta e da magia associados a escritos atribuídos a Hermes Trismegisto, "Hermes Três-Vezes-Grande", uma deidade sincrética que combina aspectos do deus grego Hermes e do deus egípcio Thoth. Os escritos mais importantes atribuídos a Hermes são a Tábua de Esmeralda e os textos do Corpus Hermeticum. Estas crenças tiveram influência na sabedoria oculta europeia, desde a Renascença, quando foram reavivadas por figuras como Giordano Bruno e Marsilio Ficino. A magia hermética passou por um renascimento no século XIX na Europa Ocidental, onde foi praticada por nomes como os envolvidos na Ordem Hermética do Amanhecer Dourado e Eliphas Levi. No século XX foi estudada por Franz Bardon, entre outros.
- Éon, eão, eon ou ainda aeon significa, em termos latos, um enorme período de tempo, ou a eternidade. A palavra latina aeon, significa "para sempre". Ela é derivada do grego αιών (aión), cujo um dos significados é "um período de existência" ou "vida". Platão usou a palavra aeon para denotar o mundo eterno das ideias, que ele concebia como se estivesse "atrás" do mundo perceptível, como demonstrado em sua famosa alegoria da caverna. Assim, em termos filosóficos ou em história da religião, no gnosticismo e no neoplatonismo, refere-se à entidade intermédia entre a divindade suprema e o mundo perceptível ao pensamento. Em alguns sistemas gnósticos, as várias emanações do Ser Supremo, o Mônade, são chamadas aeons. Este Ser primordial também era um aeon e tinha um ser dentro de si mesmo chamado Ennoea (Pensamento), Charis (Graça), ou Sige (Silêncio). O ser perfeito dividido concebeu o segundo aeon, Caen (Poder) em si mesmo. Junto com o aeon masculino Caen veio o aeon feminino Akhana (Verdade, Amor). Os aeons frequentemente aparecem em pares masculino/feminino chamados Sizígias e são bastante numerosos. Dois frequentemente listados são Jesus e Sophia. Juntos, os aeons constituem o Pleroma, a "região da Luz". As regiões abaixo do pleroma estão mais perto da escuridão, como o mundo físico. Quando o aeon chamado Sophia emanou sem o seu "aeon parceiro", o resultado foi o Demiurgo, ou semi-criador (às vezes chamado de Yaldaboth nos textos gnósticos), uma criatura que nunca deveria ter existido. Ele nunca pertenceu ao pleroma, e o Uno emanou dois aeons, Cristo e o Espírito Santo, para salvar o homem do Demiurgo. Cristo então tomou a forma de homem, Jesus, para poder ensinar aos homens como adquirir a gnosis, e assim retornar ao Pleroma.
- Gnosticismo - (do grego Γνωστικισμóς (gnostikismós); de Γνωσις (gnosis): 'conhecimento') é um conjunto de correntes filosófico-religiosas sincréticas que chegaram a mimetizar-se com o cristianismo nos primeiros séculos de nossa era, vindo a ser declarado como um pensamento herético após uma etapa em que conheceu prestígio entre os intelectuais cristãos. De fato, pode falar-se em um gnosticismo pagão e em um gnosticismo cristão, ainda que o pensamento gnóstico mais significativo tenha sido alcançado como uma vertente heterodoxa do cristianismo primitivo. Alguns autores fazem uma distinção entre "Gnosis" e "gnosticismo". A gnose é, sem dúvida, uma experiência baseada não em conceitos e preceitos, mas na sensibilidade do coração. Gnosticismo, por outro lado, é a visão de mundo baseada na experiência de Gnose, que tem por origem etimológica o termo grego gnosis, que significa "conhecimento". Mas não um conhecimento racional, científico, filosófico, teórico e empírico (a "episteme" dos gregos), mas de caráter intuitivo e transcendental; Sabedoria. É usada para designar um conhecimento profundo e superior do mundo e do homem, que dá sentido à vida humana, que a torna plena de significado porque permite o encontro do homem com sua essência eterna, centelha divina, maravilhosa e crística, pela via do coração. É uma realidade vivente sempre ativa, que apenas é compreendida quando experimentada e vivenciada. Assim sendo jamais pode ser assimilada de forma abstrata, intelectual e discursiva.
- A mecânica quântica é a teoria física que obtém sucesso no estudo dos sistemas físicos cujas dimensões são próximas ou abaixo da escala atômica, tais como moléculas, átomos, elétrons, prótons e de outras partículas subatômicas, muito embora também possa descrever fenômenos macroscópicos em diversos casos. A Mecânica Quântica é um ramo fundamental da física com vasta aplicação. A teoria quântica fornece descrições precisas para muitos fenômenos previamente inexplicados tais como a radiação de corpo negro e as órbitas estáveis do elétron. Apesar de na maioria dos casos a Mecânica Quântica ser relevante para descrever sistemas microscópicos, os seus efeitos específicos não são somente perceptíveis em tal escala. Por exemplo, a explicação de fenômenos macroscópicos como a superfluidez e a supercondutividade só é possível se considerarmos que o comportamento microscópico da matéria é quântico. A quantidade característica da teoria, que determina quando ela é necessária para a descrição de um fenômeno, é a chamada constante de Planck, que tem dimensão de momento angular ou, equivalentemente, de ação.A mecânica quântica recebe esse nome por prever um fenômeno bastante conhecido dos físicos: a quantização. No caso dos estados ligados (por exemplo, um elétron orbitando em torno de um núcleo positivo) a Mecânica Quântica prevê que a energia (do elétron) deve ser quantizada. Este fenômeno é completamente alheio ao que prevê a teoria clássica.
- Bósons de calibre são bósons mediadores das interações fundamentais da natureza. Em outras palavras, partículas elementares cujo comportamento é descrito por teorias de calibre. No modelo padrão, existem três tipos de bósons de calibre: Fótons, mediadores da interação eletromagnética; Bósons W e Z, mediadores da força nuclear fraca; Glúons, mediadores da força forte. Ainda existiria o gráviton, mediador da gravidade. Contudo, ainda não foi observado e a teoria quântica da gravidade ainda não está desenvolvida satisfatoriamente. Além disso, os bósons de calibre deveriam ter massa nula pela teoria. Isso não é verificado experimentalmente e para explicar este problema foi proposto o mecanismo de Higgs, o que introduziu mais um bóson, o bóson de Higgs.
- Momento angular (também chamado de momentum angular ou quantidade de movimento angular) de um corpo é a grandeza física associada à rotação e translação desse corpo. No caso específico de um corpo rodando em torno de um eixo, acaba por relacionar sua distribuição da massa com sua velocidade angular. Deve-se dizer que, com o advento da mecânica quântica (MQ), o status da grandeza física quantidade de movimento angular sofreu uma severa modificação. A grandeza não pode, no contexto da MQ, ser definida em termos de duas grandezas que são relacionadas pelo princípio da incerteza como o raio vetor e a velocidade angular. Tais grandezas são complementares e não podem ser, simultanea e de forma totalmente precisa, determinadas. A pares de grandezas assim relacionadas dá-se o nome de grandezas complementares (apud Bohr). Assim sendo, a quantidade de movimento angular passou a ser entendida como a grandeza conservada sob rotações no espaço tridimensional, em decorrência da isotropia do mesmo. A dedução de todas as grandezas que decorrem de simetrias geométricas (quantidade de movimento linear, energia e quantidade de movimento angular) do espaço-tempo (no contexto mais geral da teoria da relatividade) é feita através do formalismo dos geradores dos movimentos.
- LEP, o Grande Colisor de Elétrons e Pósitrons (português brasileiro) ou Grande Colisionador de Electrões e Positões (português europeu), (em inglês: Large Electron-Positron collider ) foi um acelerador de partículas construído na Organização Europeia para Investigação Nuclear (CERN) e usado entre 1989 e 2000.
- A Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (em francês: Organisation Européenne pour la Recherche Nucléaire), conhecido como CERN (antigo acrônimo para Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire) , é o maior laboratório de física de partículas do mundo, localizado na região noroeste de Genebra, na fronteira Franco-Suíça.
- O Grande Colisor de Hádrons (português brasileiro) ou Grande Colisionador de Hadrões (português europeu) (em inglês: Large Hadron Collider - LHC) do CERN, é o maior acelerador de partículas e o de maior energia existente do mundo. Seu principal objetivo é obter dados sobre colisões de feixes de partículas, tanto de prótons a uma energia de 7 TeV (1,12 microjoules) por partícula, ou núcleos de chumbo a energia de 574 TeV (92,0 microjoules) por núcleo. O laboratório localiza-se em um túnel de 27 km de circunferência, bem como a 175 metros abaixo do nível do solo na fronteira franco-suíça, próximo a Genebra, Suíça
BIBLIOGRAFIA:
- TERRA. Qual é a origem da expressão 'partícula de Deus'?
- WIKIPEDIA. Bóson de Higgs. http://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%B3son_de_Higgs
- WIKIPEDIA. Grande Arquiteto do Universo http://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Arquiteto_do_Universo
Assinar:
Postagens (Atom)