A crença em Deus, o Nome de Deus, Deus e a Maçonaria
A CRENÇA EM DEUS
Deus existe?
Esta pergunta é uma das tantas incógnitas sobre as quais o Homem tem-se debruçado ao longo da sua existência.
A história nos ensina que não tem existido nenhum povo que não acreditasse na existência de um Ser Supremo, criador de todo o que existe. Mas, por outro lado, sempre tem havido pessoas que, possuidoras de um espírito livre pensador ou liberal, ou por falta de interesse no tema, dizem não acreditar em Deus. Estas pessoas, denominadas de ateus, tem apoiado seu descrédito em Deus no conhecimento científico argumentando que somente acreditam naquilo que pode ser demonstrado cientificamente.
Justamente a ciência foi considerada até um passado muito recente como uma das mais fortes inimigas das crenças religiosas que insistiam em manter os povos dentro da maior escuridão mental. Os grandes cientistas da humanidade, tais como Newton, Laplace e Galileu, descobriram leis da física e da astronomia, causando admiração dentre de seus contemporâneos e nestas leis descobertas por eles é dispensada a hipótese de Deus. A auto estimação do Homem chega a níveis insuportáveis com a descoberta destas leis, somente que ele esquece que descobrir algo existente é diferente de criar algo que nunca existiu; e isto é justamente a limitação do Homem. A Igreja católica contra ataca condenando os cientistas que ameaçam rebelar-se da sua tutoria absolutista mas não consegue evitar o avanço do racionalismo empírico, alimentado pela insaciável fome de saber. Longe estavam cientistas e religiosos de imaginar que seus caminhos tendiam a se encontrar. No século 20 o conhecimento avançou com longos passos liderado pelos surpreendentes descobrimentos da teoria da relatividade e da mecânica quântica. Surge a nova física, das partículas elementares, a astrofísica, a biologia molecular. Nasce a ciência espacial com suas viagens e satélites, entre os quais o IRAS (Infra Red Astronomic Satellite) que entre Janeiro e Novembro de 1983 inundou os computadores da NASA com dados sobre a distribuição do calor no céu. Os cientistas começam a ficar fascinados ante a constatação da harmonia, equilíbrio e beleza do Universo. Tudo parece ter sido montado para que, da profundeza abissal de um oceano de energia primordial, o vácuo quântico, devessem surgir as partículas elementares, depois a matéria ordenada e, finalmente, a matéria complexa que é a vida.
Desde quando existe o Universo? Como ele foi criado? Que existia antes da existência temporal do Universo? Nos não sabemos e, provavelmente, nunca chegaremos a desenvolver um conhecimento que permita responder estas perguntas.
Hoje é admitido que faz uns 13 bilhões de anos houve uma expansão violenta conhecida como Big Bang quando toda a massa e energia do Universo que estava concentrada em um volume pequeno, se expandiu em fração de segundos com uma velocidade inflacionaria, maior do que a luz até atingir a dimensão atual. Formam-se as grandes estrelas vermelhas, as galáxias, as estrela menores, os planetas; combina-se o hidrogênio com oxigênio formando a água, etc. Inúmeros fatores foram acionados para convergir até a formação do ambiente no qual, futuramente, existiria a vida.
Já falamos da admiração dos cientistas frente a perfeição do Universo. Tudo está relacionado com tudo e da forma mais exata. Por exemplo, a força gravitacional que atrai todos os corpos e que não varia nem um milésimo por cento, por que se assim fosse todo o sistema explodiria. Se a interação nuclear que mantém a coesão dos núcleos atômicos, fosse 1% maior, o hidrogênio não poderia existir e, sem hidrogênio não teríamos água. E sem água não teríamos vida. Se a força eletromotriz que confere coesão aos átomos e moléculas e permite as ligações químicas, fosse aumentada, estaria descartada a possibilidade da cadeia ADN e assim a produção e reprodução da vida; (ADN, ácido desoxirribonucléico que possuem as células e que por médio dele, características específicas são transmitidas de célula mãe para célula filha). Tudo se articula, tudo se relaciona, cada elemento por diminuto que ele possa parecer, tem uma função tão importante no sistema que, sem ele tudo o processo eterno se interrompe.
O Homem tem capacidade para construir obras gigantescas (para ele) de engenharia, máquinas e tantos outros elementos que são necessários para a nossa vida quotidiana. Mas a capacidade do Homem é limitada e isto é tão verdadeiro que ele não consegue construir duas coisas exatamente iguais; isto para ele é tecnicamente impossível. E tanto é assim que o projetista de uma máquina aplica uma tolerância a todas as medidas, para mais ou para menos, dentro das quais a peça final poderá ficar; por exemplo uma dimensão de 28 mm com uma tolerância de +/0.13 mm significa que a peça sendo construída poderá ficar entre 27,87 mm e 28,13 mm e será considerada como uma peça boa. Por que existe essa tolerância? Porque a tecnologia de hoje não consegue fazer um conjunto de peças que todas elas tenham 28,00 mm. Você já imaginou esta mesma tolerância aplicada na constante universal de gravitação ou no movimento dos astros?
O Homem com a sua inteligência tem descoberto algumas das leis que regem parte do Universo mas nunca, evidentemente, chegou a criar ou modificar uma destas leis. O Homem só investiga sistemas existentes e não tem capacidade para criar a matéria, o átomo, a célula, o tempo, o espaço. E felizmente ele não tem essa capacidade por que se assim fosse ele já haveria acabado com a vida em nosso planeta, com sua sede de poder e riqueza.
Stanley Miller, em 1953, demonstrou que a descarga elétrica em determinadas condições pode formar moléculas complexas análogas as formadas pelos seres vivos. São os aminoácidos que podem formar proteínas moléculas gigantes que resultam da combinação de 100 a 3.000 moléculas de aminoácidos. Aminoácido é um ácido orgânico em que parte do hidrogênio não ácido é substituída por um ou mais radicais Aminados (NH 2); ou qualquer ácido assim constituído que se obtém pela hidrólise de uma proteína; as proteínas são formadas de um número variável de aminoácidos. Esta combinação é realizada pelos seres vivos através de um processo denominado síntese de proteínas. Esta experiência de Miller utilizava vapor de água, metano, amônia, hidrogênio e descargas elétricas. Como poderiam no início dos tempos ter-se combinado os aminoácidos sem ter esses elementos mencionados e, o mais importante, se não havia seres vivos para tal?
Todos os seres vivos precisam de alimentos e por tanto a primeira forma de vida, teria sido capaz de fabricá-los. Um organismo que é capaz de produzir o seu próprio alimento é chamado de autótrofo; todas as plantas clorofiladas e cartas bactérias são autótrofas. A maioria dos seres autótrofos usam o calor solar para formar alimentos e algumas bactérias usam energia obtida em reações químicas. Um organismo heterótrofo é incapaz de fabricar seu próprio alimento; precisa recorrer a uma fonte externa para obtê-lo. Todos os animais são heterótrofos, a maioria das bactérias e outros protistas como o bolor e o cogumelo também são. Protista é um ser normalmente pequeno mas existem certas algas com até 30 m de comprimento, de características de vida ainda que não bem diferenciadas, parecem comum aos animais e as plantas; (Ernest Haeckel, evolucionista alemão 18341919). Esta hipótese supõe que a forma mais primitiva de vida desenvolveu-se de substâncias inanimadas e que isto ocorreu há bilhões de anos. A dúvida que surge é de onde os heterótrofos conseguiam alimentos se não havia autótrofos para produzi-los. Este e outros problemas tem sido estudados por cientistas obtendo-se alguns resultados parciais, mas permanecendo muitas dúvidas e especialmente a criação do primeiro elemento quando ainda nada existia.
Os mais reticentes em aceitar a presença divina no início da criação argumentam que a vida veio a existir por acaso inicialmente e pelo processo de evolução depois. Na ideia deles, nunca existiu um Criador, um Deus. Espontaneamente elementares componentes químicos viriam a combinar-se nas quantidades certas, sob a correta pressão, temperatura e tempo. E estes acontecimentos casuais repetiram-se milhões de vezes. Mas, de onde viriam ou quem haveria criado esses primeiros componentes químicos elementares e as condições de pressão, temperatura e tempo?
Mas vamos a desconsiderar estas dúvidas e continuar com a análise de esses eventos acontecerem pelo acaso.
Se eu deixar cair no chão uma caneta tipo comum, ela irá a ficar em diferentes posições que eu poderei identificar conforme os graus em um círculo de 360º. Depois de milhares de vezes a caneta terá ficado em cada um dos 360º um número variável de vezes; de uma coisa podemos ter certeza: a caneta nunca vai ficar em pé, equilibrada na sua ponta. Para chegar a essa conclusão estamos usando a Teoria das Probabilidades e a sua irmã, a Estatística. A Teoria de Probabilidades data do início do século 17, mas foi sistematizada somente entre os anos 1920 e 1930. A elaboração da Teoria de Probabilidades tomou precisos os conceitos de probabilidades dandolhes sólida fundamentação matemática e seu estudo forma parte do currículo de quase todas as disciplinas universitárias assim como na pesquisa e em todas as áreas da engenharia. Chamase espaço amostral ou espaço das possibilidades do conjunto, todos os resultados possíveis de ocorrer em um experimento sujeito ás leis do acaso. Dentre deles teremos o próprio espaço amostral (evento certo de ocorrer) e o conjunto vazio (evento impossível de ocorrer). Os expertos em Cálculo de Probabilidades descartam como impossível de acontecer todo evento que tenha 1050 vezes de probabilidades de ocorrer. Isto significa que se eu lançar a caneta 1050 vezes e ela não ficar em pé, não adianta quantas vezes mais eu lançar a caneta, que esse evento não irá a acontecer.
Voltando a teoria que a vida teria sido formada por acaso, temos primeiro que formar uma molécula simples de proteína. Só que os evolucionistas admitem que a probabilidade de os átomos e as moléculas se combinarem para formar uma única molécula simples é de 1 em 10113. Mas muito mais do que uma simples molécula de proteína é necessária para a vida. São necessárias umas 2.000 diferentes proteínas apenas para uma única célula manter a sua atividade e a sua possibilidade de que todas elas ocorram ao esmo, por acaso, espontaneamente, é de 1 em 1040.000.
Conclusão: Vemos que a ciência está cooperando com a religião no sentido de reforçar a crença em Deus. Louis Pasteur escreveu: “Pouca ciência afasta de Deus; muita, a Ele reconduz”. Erraram as hierarquias da Igreja católica quando condenaram a Galileu e queimaram a Servet. Mas, como eles poderiam prever que a ciência procura a mesma Verdade que eles?. Se tivessem tido essa clarividência a humanidade estaria hoje em um estágio bem mais avançado.
O NOME DE DEUS
Se perguntarmos aos cristãos qual é o nome de Deus, as respostas serão diferentes umas das outras: alguns dirão que o nome é Deus mesmo, outros que é Cristo ou Jesuscristo (fazendo uma confusão entre Deus e o Filho de Deus), outros nomes dados seriam Jehovah ou Jahve e, ainda haverá os que indicariam um título e não um nome tal como Pai Celestial, Senhor, Grande Arquiteto do Universo e, finalmente, haverá aqueles que dirão que não é permitido pronunciar o nome de Deus e que são os seguidores do judaísmo.
Não conseguindo uma resposta definida, nosso próximo passo será abrir as páginas da Bíblia e, dentro delas, procurar o nome de Deus. E encontraremos que Bíblias impressas nos tempos modernos não contém o nome de Deus e em outras, haverá diferentes nomes. São liberdades dos tradutores?. Lembremos que o Antigo Testamento foi escrito nas línguas aramaico e hebraico antigo, que hoje são línguas mortas; no hebraico antigo eram usadas unicamente consoantes. Traduzir esses livros para as línguas modernas foi, além das dificuldades de conhecimento dessas línguas mortas, uma pesada responsabilidade considerando que para os cristãos a Bíblia é a palavra de Deus revelada e seria uma heresia se alguém mudar ou omitir parte do conteúdo original.
Mas, o que entendemos por nome? No Dicionário Enciclopédico Brasileiro lemos que nome é a palavra que distingue e designa uma pessoa, animal ou coisa, bem como ação, estado ou qualidade. No Dicionário Sopena, edição espanhola, lemos que nome é a palavra que aplicada aos objetos e as suas qualidades serve para designá-los e distingui-los. Hoje nos damos nomes só com o intuito de distinguir ou diferenciar e o vulgo aplica sobrenomes especialmente as pessoas para destacar alguma qualidade ou defeito. Nos tempos antigos, e as tribos de índios são um exemplo disso, os nomes tinham o objetivo principal de lembrar características das pessoas. Esse costume nos da uma primeira explicação de porque o nome de Deus deixou de ser pronunciado pela religião judaica. Se dar um nome ressalta-se uma característica ou uma qualidade, ela estaria relegando a um segundo plano as outras. Para explicar melhor, se darmos um nome a Deus lembrando sua bondade estaríamos relegando a um segundo plano outras virtudes como a sua onipotência e estaríamos caindo no pecado de heresia.
Uma outra versão que poderia explicar porque os judeus não pronunciam o nome de Deus encontramo-la no 3º Mandamento que ordena que não deves tomar o nome de Jeová, teu Deus, em vão. Aparentemente os judeus ortodoxos, profundamente rigorosos, exageraram na interpretação de este Mandamento e para evitar o risco de ter o nome de Deus usado em vão simplesmente ordenaram que ele não deve sequer ser pronunciado.
As traduções usam diferentes versões para o Tetragrama e em duas delas podemos ver as quatro letras YHWH ou também JHVH, que haveriam originado os nomes Yahve e Jehovah. Observemos que as duas formas preservam as 4 letras do Tetragrama. A forma Jeová ou Jehovah é a mais usada em todas as línguas ocidentais, mas não é errado usar Yahveh ou Iavé pese a que o Dicionário etimológico acha pedantismo usar Yavé. O Tetragrama tem sido analisado por diferentes doutrinas e filosofias iniciáticas; lembra os 4 elementos terra, ar, água e fogo como elementos de purificação.
O Tetragrama é uma forma do verbo hebraico háwah que significa tornar-se. Assim o nome de Deus o identifica como aquele que torna realidade suas promessas, aliás um nome muito apropriado para Deus. Eruditos judaicos, mais ou menos nos anos 500 ac, inventaram um sistema de pontos para substituir as vogais ausentes do hebraico antigo que eram colocados em volta das consoantes na Bíblia hebraica; assim a pronuncia foi preservada. Mas no nome de Deus em vez de colocar os corretos sinais de vogal, eles colocavam outros sinais de vogal para significar aio leitor que ele deveria pronunciar Adonai.
Existem numerosas peças antigas para demonstrar que o uso do nome de Deus não era proibido e, até certo ponto, poderia considerar-se comum. Jesus e seis seguidores usaram o nome de Deus. Mas São Gerónimo na sua tradução da Bíblia para o latim, conhecida como Vulgata Latina, substituí nela o Tetragrama por Dominus (Senhor). Em 1530 William Tyndale traduziu a Vulgata Latina para o inglês, conhecida como Authorized Version, e nela o nome de Deus aparece em alguns versículos geralmente escritos como Iehouah e numa nota, Tyndale explica que é o nome de Deus. Nas ce assim a costume de usar Jeová em alguns versículos e escrever Senhor ou Deus nos outros lugares onde está o Tetragrama no texto em hebraico. O Rei Jaime I, prosseguidor da obra de William Tyndale produz em 1611 sua versão da Bíblia em inglês que teve um grande sucesso; nela o nome consta 4 vezes no texto principal depois é usada uma abreviatura Jah, em outras é misturado com nomes de lugares como Jeová Jiré e no restante da obra usa-se o inglês Sovereign (Soberano). Martin Lutero publica sua tradução completa da Bíblia em 1534 e não usa o nome de Deus e sim alguns substitutos como Herr (Senhor) pese a que o mesmo Lutero tinha declarado em 1526 que o nome Jeová (Senhor) pertence exclusivamente ao verdadeiro Deus. Na versão Matos Soares, 8ª edição em português, vem a seguinte nota ao pé da página sobre Êxodo 6:3 “O texto hebreu diz: O meu nome Javé ou Jehová”. E na versão Figueiredo, da Editora Barsa, ao pé da página sobre Êxodo 3:14 diz: “Aquele que é em hebraico YHVH, que deve pronunciar-se Javé, ficou sendo o nome próprio de Deus”. Porém ambas versões usam Senhor ou Adonai nos seus textos. A tradução católica do Pontifício Instituto Bíblico de Roma nos seus comentários diz que a língua hebraica dispõe de muitos termos sendo o mais freqüente Javé (ou Jeová conforme uma pronúncia introduzida entre os séculos XVI e XIX.
DEUS E A MAÇONARIA
A 3ª instrução do 1o grau nos ensina que entre nos, os maçons, existe uma verdade em comum e que é a existência do G\A\ D\ U\
Não é o nosso intuito, ao menos neste artigo, discutir sobre a existência de Deus. Somente falaríamos que para crer em Deus nos basta olhar em nosso redor, ver e pensar em todas as obras da Criação, pensar no tempo, no espaço, na vida, observar os corpos celestes. Sabemos que não há efeito sem uma causa; e qual seria a causa do que estamos observando, sendo que não tem sido obra do Homem? A resposta é uma só: Deus.
Cientistas como Marcelo Gleiser (que escreve no suplemento Mais do jornal Folha de São Paulo), afirma (26/set/2004) que “todo mito de criação supõe que Um dá origem à pluralidade das coisas existentes” e “a crença mítica no Um, o criador absoluto”. Stephen Hawking em Uma Breve História do Tempo, escreve que “entender a estrutura geométrica do Cosmos é entender a mente de Deus”.
Existem duas teorias para a criação da vida: Criação (a vida foi criada por Deus) e Evolução (os corpos vivos foram evoluindo desde um aminoácido até organismos desenvolvidos); mas para isso acontecer (a Evolução) precisa de condições de calor, espaço, tempo, alimentos, etc, e não ha resposta para estes interrogantes, e permanecendo sempre a pergunta sobre a criação do primeiro aminoácido.
Todas as religiões coincidem que Deus é o Ser Supremo, princípio criador de tudo que existe, existiu ou existirá. Ele sempre existiu, ele está acima de tudo. Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas, Deus é o infinito nas suas perfeições.
Cada religião assume um nome diferente para Ele, Deus para os judeus e religiões cristãs, Alá para o Islamismo, Brahman no Hinduismo, no Budismo não existe um Deus e o próprio Buda foi transformado em ser divino; o politeísmo se desenvolveu no Egito, Mesopotâmia, Grécia e Roma e desenvolveu o animismo (sistema que atribui alma a todas as coisas e fenômenos naturais, capazes de agir conforme uma finalidade) a partir da crença em várias forças espirituais, etc. etc.
A Maçonaria, que não estabelece diferenças entre as religiões, desenvolveu uma fórmula e deu a ele o nome de G\A\ D\U\.
Já nos Regulamentos Gerais de 1720, na 1a Constituição de Anderson e nos Landmarks, ficou estabelecido que um ateu não pode ingressar na Maçonaria. Sendo, aliás, um dos 8 pontos obrigatórios fixados pela G\ L\ U\ I\ em 1929 para definir a Regularidade de uma Potência maçônica.
De todas as condições exigidas para ser maçom, a obrigatoriedade da crença na existência no G\A\D\U\ é a que mais motivou discussões dentro da Ordem.
Também houve protestos das expressões usadas por Anderson, que repudiava o ateu estúpido, sendo explicado posteriormente que a Maçonaria não aceita o ateu que não pensa e que não acredita em Deus sem dar uma razão. As palavras foram modificadas, mas continuou não sendo aceito como membro da Maçonaria, o ateu.
Em setembro de 1877 a Assembléia anual do G\O\F\ mudou o 1er artigo da sua Constituição que dizia “Os princípios da Francmaçonaria são a existência de Deus, a imortalidade da alma, a solidariedade humana. Se considera que a liberdade de consciência como um inerente direito de cada homem e não exclui ninguém por causa de suas crenças” Estas duas frases ficaram como segue: “Seus princípios são liberdade de consciência e solidariedade humana. Não exclui ninguém por causa de suas crenças”. Unindo a esta modificação da Constituição, foi declarado opcional para as Lojas da sua Obediência usar ou não o Livro Sagrado no Altar dos Juramentos, e foi eliminada qualquer menção ao G\A\D\U\ nos rituais.
Muitas Grandes Lojas entenderam que significava uma declaração de agnosticismo (doutrina que afirma a impossibilidade de conhecer a Deus; só aceita o que entra no domínio dos sentidos), se não de ateísmo, e retiraram seu reconhecimento do G\O\F\ como potência maçônica regular.
Justo é lembrar que esta declaração de ateísmo ou agnosticismo foi unicamente um de outros problemas que o G\O\F\ causou dentro da maçonaria mundial: eles conferiram graus acima dos 3 graus simbólicos, envolveram-se em atividades políticas e decisões em disputas religiosas, reconheceram o Supremo Conselho 33 do Rito Escocês em Louisiana, que era irregular porque tentava administrar os 3 graus simbólicos que eram da Grande Loja, em 1871 o G\O\F\tinha eliminado o cargo de G\ M\ substituindo-o por um Conselho encabeçado por um Presidente.
O não reconhecimento do G\O\F\ como Potência maçônica regular tem persistido pese a diversos esforços dos franceses para que a comunidade maçônica mundial, especialmente a G\L\U\I\revisar esta atitude.
Bibliografia:
A CRENÇA EM DEUS
O homem em busca de Deus Sociedade
Torre de Vigia de Bíblias e Tratados
A vida – Qual a sua origem Sociedade
Torre de Vigia de Bíblias e Tratados
Cálculo de Probabilidades Seymour Lipschultz – Editora McGraw Hill
Comentários de Leonardo Boff e Luis Pinguelli Rosa do livro “Deus e a Ciência” de Jean Guitton, publicados no suplemento Cultura do jornal O Estado de São Paulo de 13 de Junho de 1982.
O NOME DE DEUS
O Nome Divino que perdurará para sempre – Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (Este fascículo serviu de base para este trabalho).
Dicionário Enciclopédico Brasileiro
Enciclopédia Mirador
Dicionário Sopena
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